17Mai

MAIS DE 300 NORMAS PUBLICADAS EM DIFERENTES ÁREAS

A informação foi passada pela Chefe de Departamento de Normalização Avaliação da Conformidade e Formação, Joana Leandro, no encerramento do workshop de formação conjunta CNUCED-ISO, sobre Infraestruturas Nacionais da Qualidade para o sector agro-alimentar angolano, com enfoque na pesca, frutos tropicais e café, realizado de 9 a 11, no hotel Alvalade.

A responsável fez saber, durante a sua apresentação, que do acervo normativo publicado nas diversas áreas constam, sobre alimentos. Saúde, agro-indústria e protecção ambiental, gestão da qualidade, gestão ambiental, segurança, turismo, finanças e normas básicas, combustíveis, transporte, manutenção de activos, engenharia electrónica, eletrónica e comunicações e engenharia civil, materiais de construção, produtos processados de madeira.

Disse igualmente ser relevante abordar as questões da qualidade no país, adquirir experiências de outros países internacionais de modos a servir de exemplo para Angola, uma vez que o processo de desenvolvimento da política da normalização em curso.

Por sua vez, a directora geral do INIQ, Olga Dicamba, informou que durante os 3 dias, foram abordadas questões relacionadas com os pilares das infra-estruturas da qualidade, nomeadamente a Normalização, Metrologia, Avaliação da Conformidade e Acreditação.

“Foram igualmente abordadas como essas infra-estruturas da qualidade contribuem naquilo que é o bem-estar e da qualidade dos processos e serviços a nível nacional e também a necessidade de interacção entre o sector público-privado e com os organismos homólogos a nível da região e mundial” explicou.

Este workshop foi uma realização conjunta da CNUCED e a Organização Mundial de Normalização (ISO), no âmbito do programa Train For Trade II, com apoio do Ministério da Indústria e Comércio, financiado pela União Europeia.

10Mai

𝐀𝐍𝐆𝐎𝐋𝐀 𝐏𝐑𝐄𝐓𝐄𝐍𝐃𝐄 𝐃𝐈𝐍𝐀𝐌𝐈𝐙𝐀𝐑 𝐒𝐄𝐂𝐓𝐎𝐑 𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐄𝐒𝐂𝐀𝐒 𝐏𝐀𝐑𝐀 𝐀 𝐄𝐗𝐏𝐎𝐑𝐓𝐀ÇÃ𝐎

A directora geral do Instituto Nacional das Infra-estruturas da Qualidade (INIQ), Olga Dicamba, afirmou, nesta terça-feira, 09, que o país pretende continuar a desenvolver o sector das pescas e aumentar as exportações de peixe em termos de variedade e destinos de exportação.

Olga Dicamba discursava, em representação do ministro da Indústria e Comércio, Victor Fernandes, na abertura do workshop de formação sobre Infraestruturas nacionais da qualidade para o sector agroalimentar angolano, com enfoque na pesca frutos tropicais e café.

“O objectivo principal desta parceria é desenvolver um conjunto de acções com propósito de alcançar níveis cada vez mais importantes de diversificação da economia, a integração regional e promover as exportações”, sublinhou a directora geral do INIQ.

Por sua vez, Johana Silvander, responsável de programas na Conferência das Nações Unidas para o Comércio e Desenvolvimento (CNUCED), acredita que esta acção formativa vai permitir ter uma radiografia real sobre a situação actual das Infraestruturas da Qualidade em Angola, identificar as lacunas e os possíveis apoios a ser concedidos pela instituição que representa.

Este workshop é uma organização conjunta da CNUCED e a Organização Mundial de Normalização (ISO), no âmbito do programa Train For Trade II e é financiado pela União Europeia.

10Mai

INIQ CAPACITADO PELO ORGANISMO DE ACREDITAÇÃO DA REGIÃO DA SADC

Técnicos do Instituto Nacional das Infra-Estruturas da Qualidade, INIQ, participam de, 8 a 12 de Maio, de uma acção de Capacitação, pela plataforma virtual zoom, destinados aos Organismos de Certificação da região da SADC que operam nas áreas prioritárias de industrialização de acordo com a norma ISO/IEC 17021/2015, ministrado pelo Serviço de Acreditação da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADCAS).

O objectivo da formação é capacitar de um modo geral gestores e quadros de organismos de certificação, que operam nos 16 Estados Membros da SADC, de forma a prepará-los para a acreditação de acordo com a referida norma internacional e especificamente de dotar de conhecimento sobre requisitos, implementação e auditoria interna.

A acção de capacitação visa igualmente implementar habilidades e fortalecer os organismos de certificação para atender aos padrões de acreditação e avaliar as competências adquiridas pelos formandos.

A SADCAS é um organismo de acreditação multi-económica estabelecido nos termos do Artigo 15 B do Anexo de Barreiras Técnicas ao Comércio (TBT) do Protocolo da SADC sobre o Comércio, com o objetivo principal de assegurar que o serviço de avaliação da conformidade (laboratórios de calibração/ensaios/médicos, organismos de certificação e inspeção), que operam nos Estados Membros da SADC, que não possuam organismos nacionais de acreditação estejam sujeitos à supervisão de um organismo competente.

Na região da SADC, apenas a África do Sul e as Maurícias possuem organismos nacionais de acreditação.

Trata-se do primeiro ciclo de formação em língua portuguesa, ministrado pela SADCAS, em que para além de Angola participam organismos de certificação da República de Moçambique.

Fazem parte, igualmente, dos 16 Estados Membros da SADC, Botswana, Comores, RDC, Eswatini, Lesoto, Madagáscar, Malawi, Maurícias, Namíbia, Seychelles, África do Sul, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe.

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10Mai

𝐂𝐎𝐌𝐔𝐍𝐈𝐂𝐀𝐃𝐎 𝐅𝐈𝐍𝐀𝐋 𝐃𝐎 𝟑° 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐄𝐋𝐇𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐔𝐋𝐓𝐈𝐕𝐎 𝐃𝐎 𝐌𝐈𝐍𝐈𝐒𝐓É𝐑𝐈𝐎 𝐃𝐀 𝐈𝐍𝐃Ú𝐒𝐓𝐑𝐈𝐀 𝐄 𝐂𝐎𝐌É𝐑𝐂𝐈𝐎

Sob o lema “𝐀𝐔𝐓𝐎𝐒𝐒𝐔𝐅𝐈𝐂𝐈Ê𝐍𝐂𝐈𝐀 𝐀𝐋𝐈𝐌𝐄𝐍𝐓𝐀𝐑 𝐍𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐓𝐄𝐗𝐓𝐎 𝐃𝐀 𝐈𝐍𝐓𝐄𝐆𝐑𝐀ÇÃ𝐎 𝐄𝐂𝐎𝐍Ó𝐌𝐈𝐂𝐀 𝐑𝐄𝐆𝐈𝐎𝐍𝐀𝐋”, realizou-se nos dias 27 e 28 de Abril de 2023, na sala de conferências do Hotel Serra da Chela, na Província da Huíla o 3.º Conselho Consultivo do Ministério da Indústria e Comércio.

As palavras de “Boas Vindas” estiveram a cargo de Sua Excelência Senhor Governador da Província da Huíla, Eng. Nuno Mahapi Dala, que em síntese, louvou a iniciativa do Ministério da Indústria e Comércio de realizar o seu 3.º Conselho Consultivo na Província que dirige, bem como de conceber políticas e programas que optimizam a capacidade

produtiva nacional e potencializam o escoamento para os grandes centros de consumo interno e externo, assim como a sua transformação, considerando a Provincia como a placa giratória para a zona sul do país.

Outrossim, destacou o “triângulo do milho” como factor estratégico para a produção de cereais, e como tal sugeriu que deveria integrar a primeira fase do programa nacional para a produção. Desejou por último que os presentes aproveitassem ao máximo as experiências e conhecimentos que seriam transmitidos, mas que sobretudo pudessem

trazer soluções que venham a consolidar os projectos que visam tornar Angola num país

autossuficiente na produção alimentar.

De seguida, Sua Excelência Ministro da Indústria e Comércio, Eng.º Victor Fernandes, proferiu o discurso de abertura, ressaltando que, este 3.º Conselho Consultivo sob o lema “Autossuficiência Alimentar no Contexto da Integração Económica Regional” traduziu os esforços empreendidos pela actual governação e pelo sector privado visando a inserção de Angola na dinâmica do comércio livre, quer ao nível do continente, quer da região da

SADC.

Destacou ainda os diversos programas sectoriais e multissectoriais, que enfatizam a necessidade de fortalecimento das capacidades produtivas, a criação e promoção das cadeias de valor, considerando o vasto potencial a nível de recursos naturais e humanos, factores determinantes para o alcance da autossuficiência alimentar, contribuindo para o aumento da produção de grãos, produtos pecuários e piscatórios, referindo-se essencialmente ao PLANAGRÃO, PLANAPECUÁRIA e PLANAPESCAS, iniciativas transversais com impacto directo sobre a segurança alimentar e o fomento da indústria e do comércio.

Sua Excia Sr. Ministro da Indústria e Comércio, ressaltou, igualmente, as iniciativas concretizadas pelo sector no domínio da reforma administrativa, de que resultou a desburocratização dos processos de licenciamento comercial interno e externo.

3. Participaram do 3.º Conselho Consultivo Sua Excia. Sr. Governador da Província da Huíla, Exma. Sra. Vice Governadora do para o Sector Político, Social e Económico da província da Huíla, Exma. Sra. Vice Governadora para o Sector Político, Social e Económico da província do Cuando Cubango, Exma. Sra. Vice Governadora do para o Sector Político, Social e Económico da província do Cuanza Norte, Exmos. Srs. Secretários de Estado para a Indústria, para o Comércio e para a Reforma do Estado, digníssimo Sr. Administrador municipal do Lubango, Directores Nacionais, Adidos

Comerciais no Estrangeiro e dos Gabinetes Provinciais de Desenvolvimento Económico

Integrado, Directores Gerais e Adjuntos dos Órgãos sob Superintendência do Ministro da Indústria e Comércio, Presidentes de Conselhos de Administração de Institutos e de Empresas Públicas, Consultores, Chefes de Departamentos, Técnicos Superiores, representantes de Associações Empresariais e convidados.

Após informação do Programa, Sua Excelência Senhor Ministro da Indústria e Comércio

deu início aos trabalhos, tendo o programa sido cumprido com a apresentação e discussão dos temas previstos, conforme se seguem:

PRIMEIRO DIA:

I. ACORDOS DE ADESÃO A ZONA DE COMÉRCIO LIVRE DA SADC E

CONTINENTAL E A PROTECÇÃO DA INDÚSTRIA NACIONAL;

II. CARACTERIZIÇÃO DAS PONTENCIALIDADES NOS SUBSECTORES DA

INDÚSTRIA E COMÉRCIO NA PROVÍNCIA DA HUÍLA;

III. AUTOSSUFICIÊNCIA ALIMENTAR E INTEGRAÇÃO ECONÓMICA

REGIONAL NA VISÃO E PERSPECTIVA ACADÉMICA;

IV. A RESPONSABILIDADE SECTORIAL DA INDÚSTRIA, DO COMÉRCIO E

SERVIÇOS NA CADEIA DE VALOR DO PLANAPECUÁRIA;

V. A INDUSTRIALIZAÇÃO DA ECONOMIA NACIONAL COMO FACTOR

DECISIVO PARA AUTOSSUFICIÊNCIA ALIMENTAR;

VI. LINHAS GERAIS DA PROPOSTA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO

SECTORIAL DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO PARA O PERÍODO 2023-2027;

VII. A PROTECÇÃO DA MARCA – AGREGAÇÃO DE VALOR DOS PRODUTOS

NO ÂMBITO DAS TROCAS COMERCIAIS;

VIII. AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE E MONITORAMENTO DA QUALIDADE.

RESULTADOS E PERSPECTIVAS;

IX. OS DESAFIOS DA CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS

SEGUNDO DIA:

X. O RESGATE DA CADEIA DE COMERCIALIZAÇÃO NA PROVÍNCIA DO

HUAMBO;

XI. PDS DO POLO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO CUNENE

COMO MOTOR DE ATRACÇÃO DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NO

REGIÃO SUL DE ANGOLA;

XII. A IMPORTÂNCIA DOS CENTROS LOGÍSTICOS DE DISTRIBUIÇÃO NA

MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS.

De seguida passou-se à apresentação dos temas, bem como o respectivo debate,

com concorridas perguntas e respostas, do qual estraíram-se as seguintes

CONCLUSÕES:

a) Relativamente ao tema sobre os ACORDOS DE ADESÃO A ZONA DE

COMÉRCIO LIVRE DA SADC E CONTINENTAL E A PROTECÇÃO DA

INDÚSTRIA NACIONAL, Angola em 2002 por via da resolução nº 5/02 ratificou

o Acordo, tendo apenas em 2020 apresentado a proposta de oferta sobre

comércio de mercadorias, verificada pela equipa técnica do secretariado da

SADC, o que motivou a realização de encontros técnicos para a revisão da

proposta inicial em conformidade com a Resolução do Conselho de Ministros

do Comércio da SADC.

Assim, foi revista a proposta que será remetida ao Secretariado, para negociações com os Estados Membros.

Ao nível da ZCLCA, Angola ratificou o Acordo que cria a ZCLCA e respectivos Anexos, por meio da resolução n º 35/20, de 23 de Setembro. Submetemos também, neste processo, as propostas de ofertas no Comércio de Mercadorias

e de Serviços, que se encontram em processo de verificação pela equipa técnica do Secretariado.

Todavia, com vista ao início da intensificação das trocas comerciais foi lançado em 2022 a Iniciativa de Comercio Guiado (ICG) não tendo angola feito parte, devido a algumas insuficiências administrativas, podendo, no entanto, integrar

a segunda iniciativa em 2023, pretendendo-se que as empresas angolanas participem dessas iniciativas piloto para a aceleração da ZCLCA.

A adesão à estas zonas podem ter efeitos adversos nas indústrias nacionais porque pode ocasionar a entrada inesperada de produtos em quantidades

avultadas, derivado de “dumping” ou subsídios nocivos as indústrias nacionais.

Recomenda-se uma maior divulgação junto do sector privado sobre o processo

de integração e operacionalização da ZCL (SADC e Continental) para que possam tomar conhecimento prático do que irá ocorrer, bem como prepararemse para competirem aos níveis regional e continental.

Verificou-se a necessidade das Câmaras e Associações Empresariais, assumirem o seu papel de coordenação da participação do sector privado no processo de divulgação e formação, onde necessário dos processos de integração regional, tais como: Regras de origem, Tarifas Preferenciais,

Certificações e Acreditações.

b) Relativamente ao tema sobre a CARACTERIZAÇÃO DAS

POTENCIALIDADES NOS SUBSECTORES DA INDÚSTRIA E COMERCIO

NA PROVÍNCIA DA HUILA, fez-se uma radiografia sobre as potencialidades naturais da referida Província, cuja localização geográfica, considerando a sua localização estratégica na região sul do país.

No que diz respeito ao desenvolvimento do sector da indústria e comércio, vale destacar que a contribuição da indústria transformadora nesta região, tem um crescimento satisfatório, dispondo de um total de 411 unidades industriais, dentre as

quais 375 são micro industrias maioritariamente localizadas no meio local. sendo 295 em funcionamento, 75 em implementação e 41 paralisadas; distribuídas nos subsectores das bebidas, colchões, transformação de granito (recursos minerais), mobiliário, calcários que consequente apoia o sector primário. a província da Huíla dispõe ainda de 7499 estabelecimentos comerciais, distribuídos em grandes superfícies, média e pequena superfícies.

A Província tem uma grande forca de trabalho ávida para trabalhar, onde um número considerável dedica-se à transformação de mel, chouriço etc. até o ano passado formaram-se mais de 150 jovens em literácia financeira igualmente no agro-negócio

de modos a incentivar e promover o investimento neste sector.

A realização de 53 feiras (expo huila,) 250 milhões de kz. Tudo ligado à produtos do campo através do PIDCR tem influenciado significativamente no escoamento da produção no meio rural.

c) No que se refere a AUTOSSUFICIÊNCIA ALIMENTAR E INTEGRAÇÃO

ECONÓMICA REGIONAL NA VISÃO E PERSPECTIVA ACADEMICA deu-se nota de que a integração económica e regional apresenta-se como um

instrumento de apoio ao crescimento económico dos países africanos reforçando a integração dos mercados e as relações à nível do continente

africano. As potencialidades que o nosso continente, em especial o nosso país

possui em termos de terras aráveis e recursos hídricos são factores decisivos para tornar o nosso país autossuficiente no sector alimentar.

Foi ainda ressaltada a necessidade de avaliar o conteúdo programático dos cursos da academia e a necessidade de readequação do plano nacional de formação de quadros ao actual contexto pelo que, foi-nos informado que é uma prioridade do Ministério do Ensino Superior e Ciência Tecnológico fazer a reformulação dos conteúdos programáticos das academias nacionais.

d) O tema sobre a RESPONSABILIDADE SECTORIAL DA INDÚSTRIA, DO

COMÉRCIO E SERVIÇOS NA CADEIA DE VALOR DO PLANAPECUÁRIA serviu para abordar de forma sintetizada as atribuições do Ministério da

Indústria e comércio no ambito deste plano, conforme o Decreto Presidencial 13/23 de 6 de Janeiro, que aprova o PLANA-PECUÁRIA, em que estão estabelecidos 9 objectivos por alcançar no período de 2023 a 2025, dos quais vale destacar para os sectores da indústria e comércio os seguintes:

• Fomentar a instalação da indústria alimentar, matadouros, casas legais de abate e de processamento, furos de água, centros logísticos e de frio, bem como a aquisição de máquinas pesadas e ligeiras e camiões tecnológicos (transporte de gado e carcaças, produtos embalados); de dados estatísticos de produção de carne e outros produtos pecuário;

• Fortalecer capacidades técnicas através da formação e de recrutamento de quadros especializados, bem como o desenvolvimento da

investigação científica e inovação tecnológica com instituições de ensino e de investigação, locais, regionais, para aumento do Capital Humano.

e) No que concerne A INDUSTRIALIZAÇÃO DA ECONOMIA NACIONAL COMO FERRAMENTA PARA A AUTOSSUFICIÊNCIA ALIMENTAR, considerando a sua incidência no processo ligado a criação de condições agrícolas para a produção em escalas consideráveis, com vista a alimentar as indústrias transformadoras no fornecimento da matéria – prima, o que vai fomentar cadeias de valor, criar mais postos de trabalho e consequentemente impulsionar a economia nacional. Reconheceu-se que o sector enfrenta ainda alguns desafios ligados a logística de escoamento e a necessidade contínua de investimento no capital humano nacional, e a criação de mais unidades industriais de apoio a produção agrícola, nomeadamente fertilizantes.

f) Sobre as LINHAS GERAIS DA PROPOSTA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO SECTORIAL DA INDUSTRIA E COMÉRCIO PARA O PERÍODO 2023-2027 sublinhou-se a visão do sector da indústria destacando a intenção de tornar a Indústria angolana diversificada, inovadora e

tecnologicamente evoluída ,capaz de suprir as necessidades internas de bens alimentares e de contribuir para a participação do país nas Cadeias de Valor Globais, articulada com um sector de Comércio seguro, moderno e equilibrado no território, que contribui para a inclusão social e para o desenvolvimento sustentável, e promove a integração regional e internacional do País.

Dentro dos eixos de intervenção para o sector da indústria constitui-se como prioridade para o próximo quinquênio a activação de projectos primordiais tais como o desenvolvimento e operacionalização da rede de polos de desenvolvimento industrial (PDI), financiamento e apoio ao investimento na indústria, desenvolvimento da agroindústria entre outros que vão contribuir para o aumento da contribuição da indústria transformadora no PIB.

Relativamente aos eixos de intervenção do sector do comércio, trata-se como prioridade, quer seja no comercio interno e externo, a melhoria das cadeias de abastecimento e modernização e desenvolvimento do comércio com alguns

projectos que irão ajudar na operacionalização – racionalização das estruturas de distribuição alimentar e logísticas existentes. Intenciona-se incrementar as actividades comerciais em meio rural, dando luz à projectos para a melhoria do

acesso ao crédito especificamente para o comercio rural e a promoção do associativismo e outras formas de cooperativismo no comercio rural, bem como reforçar o papel da reserva estratégica alimentar e melhorar o controlo alimentar na cadeia de distribuição.

Considerando a adesão de Angola à Zona de Livre Comércio da SADC e Continental Africana para o comercio externo o MINDCOM tem como

prioridades o fomento das exportações e integração no comercio internacional:

projectos – reorganização do comercio externo e integração no comercio internacional.

g) O tema sobre A PROTECÇÃO DA MARCA – AGREGAÇÃO DE VALOR DOS PRODUTOS NO ÂMBITO DAS TROCAS COMERCIAIS representa os direitos de propriedade intelectual no âmbito da ZCLCA estabelecem regras e princípios que abrangem um conjunto de direitos de propriedades intelectuais, dentre os quais as marcas. O acordo que cria A ZCLCA vai impulsionar o comercio interafricano por intermédio de protocolos comerciais. Realçou-se que angola já faz parte dos acordos e convenções internacionais.

Deste modohá a necessidade de o Estado angolano harmonizar essas normas e regras às nossas legislações internas deixando mais clarificadas aos investidores as leis nacionais vigentes sobre a propriedade intelectual.

Pela importância que a propriedade industrial representa, a mesma deve ser vista não apenas como instrumento de proteção, mas também como um instrumento de gestão de conhecimento que poderá contribuir para a cooperação e parcerias entre agentes deste modo enfatizando a emergência de criar-se uma estratégia nacional de propriedade intelectual dando luz ao documento orientador desta atividade.

Na recta final da bordagem sobre o tema supra, foi destacada a necessidade de estabelecer uma interoperabilidade entre o sistema do IAPI e o sistema do Ministério da Justiça no que concerne o ficheiro de denominações sociais, esta medida visa colmatar a problemática do registo de marcas com o nome de alguma empresa alheia.

h) Em relação A AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE E MONITORAMENTO DA

QUALIDADE – RESULTADOS E PERSPECTIVAS – no contexto do instituto Nacional de controle da qualidade, fez-se uma apresentação suscinta sobre as competência e atribuições do referido instituto, dentre as quais, vale referenciar

que, o instituto Nacional de Controle da Qualidade tem a competência de avaliar e certificar os padrões de qualidade normativa e legislativa de todos os produtos do segmento alimentar e similares, bebidas e respectivos processos

de produção, comercialização e distribuição através do seu laboratório central.

Em suma, o instituto Nacional de controle de qualidade intervém nos sectores secundários (indústria e restauração) e terciários (comércio e distribuição) dos produtos dos segmentos acima referenciados.

i) Quanto aos DESAFIOS DA CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS falou-se da certificação no âmbito da avaliação da conformidade, realçado que, a

certificação não é obrigatória, porém de grande importância, pois a mesma, por meio de uma entidade neutra garante que os produtos, processos ou serviços tenham a conformidade com base em normas e outros documentos de

referencias aplicáveis.

Destacou-se que, a certificação é abrangente no mercado nacional deste modo, no caso de importações ou exportações, para além de ter o produto certificado, é necessário conhecer as exigências regulamentares ou legais para

a importação ou exportação do mercado externo cumprir com as mesmas, sendo que, cada mercado dispõe dos seus requisitos gerais para

conformidade.

Neste momento, o INIQ encontra-se no processo para o reconhecimento internacional da sua competência técnica que é a Acreditação.

O instituto também a conformar os seus processos, procedimentos e demais documentação aos requisitos da Norma ISO 17011.

j)Em relação ao RESGATE DA CADEIA DE COMERCIALIZAÇÃO NA PROVÍNCIA

DO HUAMBO vale realçar que o Circuito Comercial na Província do Huambo, onde se regista a violação da Cadeia Comercial deve elencar uma estratégia combinada com as existentes, propicia a observância e cumprimento das normas legais sobre a organização e funcionamento do Comércio.

O resgate da cadeia de comercialização, centra-se na criação de Pólos de Desenvolvimento Comercial / Mercados Abastecedores por meio de Parceria Público Privada, para se atingir entre outros, o seguinte objectivo geral:

•Repor o Normal Funcionamento da Cadeia Comercial Bem como objectivos específicos:

•Criar um ambiente de negócios propicio do exercício da actividade de comercio a

grosso;

•Repor o Normal Funcionamento da Cadeia Comercial;

•Combater a concorrência desleal;

•Formalizar e regular a actividade de vender de Banca de mercado;

•Promover a actividade de comércio a grosso em livre serviço (Cash and Carry);

•Com a construção de Polos Comerciais / Mercados Abastecedores Mercados Municipais Urbanos, será possível a curto prazo minimizar os efeitos nocivos ao funcionamento da Cadeia Comercial, promover o desenvolvimento e a

modernização da actividade comercial, assegurar a disciplina no exercício da actividade comercial, bem como coordenar melhor toda a actividade de inspecção e fiscalização.

Por outro lado, propicia o intercambio entre as zonas de produção e os centros de consumo, garantindo a defesa do consumidor e a concorrência leal entre os agentes económicos.

k) Em relação ao PDS DO POLO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO

CUNENE COMO MOTOR DE ATRACÇÃO DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NA REGIÃO SUL DE ANGOLA deu-se nota de que, a implementação do Polo de Desenvolvimento Industrial do Cunene no município do Cuanhama, Comuna de Ondjiva visa impulsionar a exploração de diversos sectores naquela região, para além do sector agropecuário que atualmente representa o potencial econômico da província. A província do Cunene é rica em recursos minerais com potencial para a

implementação da indústria extrativa e transformadora, a sua riqueza em flora, permite

a exploração da indústria de cosméticos e bebidas.

A implementação efetiva do PDIC irá permitir o aumento da capacidade de produção

e transformação com a implementação do PLANAGRÃO, PLANAPESCA E PLANAPECUÁRIA e facilitar o escoamento da produção nacional, em suma atraindo mais investimentos para a província do Cunene.

O local escolhido para a implementação do referido polo dispõe de uma dimensão de 1000 ha, fornece acesso à rede elétrica, acesso à rede de abastecimento de água e acesso ao ramal ferroviária, de acordo a nova proposta de caminhos de ferro.

Até a presente data já realizou-se a sensibilização, cadastramento, negociação, assinatura do contrato de cedência de terreno do GPC para o IDIIA e o Concurso público para ocupação dos lotes.

Finalmente, em relação ao tema sobre a IMPORTÂNCIA DOS CENTROS LOGÍSTICOS DE DISTRIBUIÇÃO NA MANUTENÇÃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS.

Deu-se nota da importância dos Centros de Logística e Distribuição que consistem na

centralização de produtos que podem beneficiar do processo logístico, desde o fornecedor até ao consumidor final.

Os centros logísticos têm a capacidade de agregar valor ao produto, reduzir o custo do transporte, assim como a mão-de-obra, aumentando a sua competitividade.

Porém, os Centros logísticos só poderão desenvolver o seu verdadeiro papel se

estiverem devidamente alinhados aos Polos de Desenvolvimento.

É imperioso que os esforços estejam centrados na ampliação dos Polos de Desenvolvimento para garantir uma articulação eficiente com os centros logísticos de distribuição.

Existem dois importantes polos de Desenvolvimento que se bem orientados permitirão

uma maior integração regional. Trata-se dos Polos de Desenvolvimento de Viana( Província de Luanda) e o da Catumbela (Província de Benguela).

Os centros logísticos de distribuição têm implicações no crescimento económico de

qualquer país e impactam positivamente ou negativamente na livre circulação de

pessoas e bens;

Em suma, os participantes deste Conselho, ressaltaram a necessidade de envolvimento do sector privado na criação de políticas e estratégias estruturantes no sector da indústria e comércio, no âmbito da diversificação da economia com vista a

atingirmos a tão almejada autossuficiência alimentar e promoção das exportações de

produtos feitos em Angola e a consequente redução de importações.

As discussões abordadas neste fórum definirão as diretrizes para alcançarmos os objectivos preconizados, não apenas no quesito da autossuficiência alimentar, mas sobretudo na simplificação, desburocratização dos procedimentos relacionados com

as atividades económicas do nosso sector. Os participantes enalteceram as reformas em curso, e recomendaram a sua continuidade.

Sendo transversais as resoluções apresentadas, torna-se imperioso trabalhar-se cada vez mais de modo articulado com os demais sectores para que sejam atingidos os objectivos e desafios preconizados.

A sessão de encerramento do III.º Conselho Consultivo do Ministério do Comércio foi

presidida por Sua Excelência Ministro.

Lubango, aos 28 de Abril de 2023.

Os Participantes

03Mai

INIQ PARTICIPA DA SEMANA DA QUALIDADE EM CATOCA

O Instituto Nacional das Infra-Estruturas da Qualidade, participa nos dias 02, 03 e 09 do corrente mês na Semana da Qualidade, na Sociedade Mineira de Catoca, em Saurimo, Lunda Sul, na pessoa do Chefe de Departamento de Acreditação e Regulamentos Técnicos, Carmo Santos, que dissertou o tema a “Necessidade de Implementação de Sistemas de Gestão, com Base em Normas Técnicas”.

A actividade decorre no âmbito das celebrações das festividades do dia do Mineiro que se celebrou no passado dia 27 de Abril, tendo o INIQ sido convidado, na qualidade de órgão responsável pela gestão das Infra-Estruturas da Qualidade e do Sistema Angolano da Qualidade no país.

Na sua abordagem, o responsável falou sobre qualidade e seus pricípios, das Infra-Estruturas, normalização, normas técnicas e certificação de sistemas de gestão respectivamente.

A Sociedade Mineira de Catoca Lda , é uma empresa angolana de prospecção, exploração, recuperação e comercialização de diamantes, sendo responsável pela extracção de mais de 75% dos mesmos, criada por iniciativa do governo angolano para desenvolver o primeiro kimberlito nacional, e é a quarta maior mina do Mundo explorada a céu aberto sendo a maior empresa no subsector diamantífero em Angola.

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28Abr

OS DESAFIOS DA CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS APRESENTADOS NO 3° CONSELHO CONSULTIVO DO MINISTÉRIO DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO

A certificação de produtos é um dos mecanismos da avaliação da conformidade, processo sistematizado que possui regras pré-estabelecidas em que o processo é devidamente acompanhado e avaliado, de forma a propiciar se atende a requisitos pré-estabelecidos em normas e regulamentos, a melhor relação custo-benefício para a sociedade e o respectivo grau de confiança do produto.

O presente tema foi apresentado pela Directora Geral do Instituto Nacional das Infra-Estruturas da Qualidade (INIQ), Olga Dicamba, no 3º Conselho Consultivo do Ministério da Indústria e Comércio, que decore de 27 a 28, no Lubango, Província da Huíla, sob o lema: A autossuficiência Alimentar no Contexto da Integração Económica Regional.

Durante a sua a bordagem, a responsável destacou passos e requisitos necessários e essenciais para a certificação no âmbito da avaliação da conformidade, aonde a mesma é feita por entidades certificadoras, acreditadas, externas e independentes.

São certificáveis, sistemas (serviços), produtos, processos e pessoas, de acordo com as respectivas normas, citando a titulo de exemplo as normas mais conhecidas ISO 9001- Sistema de Gestão da Qualidade (SGQ), ISO 14001-Sistema de Gestão Ambiental (SGA) e a ISO 17025- Sistema de Gestão de Laboratórios de calibração e ensaio respectivamente.

O INIQ, está no processo para o reconhecimento internacional da sua competência técnica (acreditação), e enquanto busca esta mesma competência viabiliza as solicitações de certificação, através de 2 congéneres com base em protocolos (CERTIF e EIC), fez saber a responsável.

27Abr

𝐃𝐈𝐒𝐂𝐔𝐑𝐒𝐎 𝐃𝐄 𝐀𝐁𝐄𝐑𝐓𝐔𝐑𝐀 𝐃𝐎 𝐌𝐈𝐍𝐈𝐒𝐓𝐑𝐎 𝐃𝐀 𝐈𝐍𝐃Ú𝐒𝐓𝐑𝐈𝐀 𝐄 𝐂𝐎𝐌É𝐑𝐂𝐈𝐎 𝐍𝐎 𝟑°𝐂𝐎𝐍𝐒𝐄𝐋𝐇𝐎 𝐂𝐎𝐍𝐒𝐔𝐋𝐓𝐈𝐕𝐎

SUA EXCELÊNCIA GOVERNADOR DA PROVÍNCIA DA HUÍLA

EXCELÊNCIAS VICES GOVERNADORES PROVINCIAIS

DISTINTOS SECRETÁRIOS DE ESTADO;

EXCELENTÍSSIMOS REPRESENTANTES DAS CÂMARAS DE

COMÉRCIO E INDÚSTRIA

CAROS EMPRESÁRIOS E EMPREENDEDORES

DISTINTOS CONVIDADOS

MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES

Permitam-me, antes de mais, agradecer a presença de todos neste magno evento, cuja temática reflete as aspirações do povo angolano no que diz respeito ao desenvolvimento do sector da indústria e do comércio no nosso país, bem como, coloca em reflexão um tema tão actual e sugestivo que é

suscitar discussões abrangentes que servirão de importante contributo para as políticas públicas voltadas para o desenvolvimento do sector.

Caros convidados

A estabilidade política e social que o Angola vem conhecendo ao longo destes últimos 20 anos permitiu que a indústria transformadora e o comércio se estabelecessem de forma desafiadora e resiliente, apesar dos constrangimentos inerentes às referidas actividades, motivados pela evidente crise da economia global que, noutra perspectiva, ensinou-nos a olhar as dificuldades, em verdade, como grandes oportunidades de investimento num momento histórico nacional considerado positivo, em que o foco é a produção nacional, a “ 𝐀𝐮𝐭𝐨𝐬𝐬𝐮𝐟𝐢𝐜𝐢ê𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐀𝐥𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐚𝐫 𝐧𝐨 𝐂𝐨𝐧𝐭𝐞𝐱𝐭𝐨 𝐝𝐚 𝐈𝐧𝐭𝐞𝐠𝐫𝐚çã𝐨 𝐄𝐜𝐨𝐧ó𝐦𝐢𝐜𝐚 𝐑𝐞𝐠𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥” cuja matéria irá,

indubitavelmente, diversificação económica, o fomento das exportações, a redução da dependência da petro-economia e a abertura do país ao exterior.

Associado a isso, foi necessária e providente a implementação multissectorial das medidas e acções previstas no Programa Integrado de Desenvolvimento do Comércio Rural, cujo objectivo foi o de alterar o quadro de de dificuldades no processo de escoamento de produtos de origem local.

O PIDCR tem contribuído para a elevação dos níveis da produção nacional, a sua valorização e, assim, como resultado, verificou-se uma redução dos níveis de importação, além de tornar o país num exportador de produtos do campo, contrariando a actual dependência ao petróleo.

O sector do comércio está atento ao crescimento demográfico no território angolano, com taxas médias anuais de 3,1%, o que elevará para mais de 33 milhões de habitantes a população do país até 2024.

Não obstante esta perspectiva de evolução, o sector do Comércio, apresenta hoje um conjunto de desafios associados ao comércio interno e externo, nas vertentes da formalização, procura, oferta e regulação, que devem ter resposta nos próximos anos.

Os serviços mercantis em Angola registaram uma evolução significativa no período de 2007 a 2022, tendo-se observado um crescimento de 109%, totalizando mais de 87 mil estabelecimentos comerciais licenciados, entre grossistas e retalhistas, com tendência de aumento, considerando-se uma evolução positiva fruto das políticas públicas do Executivo que fomentaram o aparecimento e desenvolvimento de novos grossistas e retalhistas, centros de logística e, em paralelo, de redes de comercialização compostas por uma robusta cadeia de distribuição moderna.

Tal crescimento teve maior evidência, na zona norte do País, impulsionada pela província de Luanda, seguida da zona sul e centro de Angola.

E é neste contexto que o Plano de Desenvolvimento Nacional do Sector do Comércio prevê o escoamento e a integração da oferta desta produção nacional nos circuitos de comercialização internos e externos, aproveitando as oportunidades de integração da SADC.

No entanto, a matriz de oferta nacional actual apresenta ainda uma elevada dependência de produtos importados, situação que poderá mudar, gradualmente, no próximo quinquénio, através de uma maior aposta na produção nacional, agrícola, piscatória e industrial.

Para o efeito, será fundamental continuar a melhorar as condições para o desenvolvimento do sector produtivo nacional, não apenas a montante através da garantia de disponibilidade de matéria-prima, ainda maioritariamente dependentes de importações, mas também a jusante, através de uma rede comercial eficaz, permitindo o escoamento da referida produção.

Neste âmbito, também surgem os desafios associados à comercialização da produção rural, atendendo à desconexão entre as zonas de produção (interiores e rurais) e as principais zonas de consumo, maioritariamente concentradas nas regiões litorais ou nas capitais de províncias, com destaque para Luanda, suportadas por uma rede comercial maioritariamente informal, embora convivente com o canal da “distribuição moderna”.

A informalidade na economia angolana continua a ser um dos principais desafios ao nível do comércio, sendo, contudo, reconhecida a capacidade de alcance e importância deste a todos os extractos da população.

Face ao desafio da organização do comércio interno e aos desafios regionais e globais vigentes, o país encontra-se numa nova fase de desenvolvimento com a reorganização e modernização da sua base administrativa simplificada e desburocratizada, voltada, sobretudo, para promoção de um ambiente favorável ao investimento privado quer no sector da indústria, quer do comércio, assim como à recuperação e construção de infraestruturas sociais e económicas, ambos acompanhados de programas públicos e privados de formação de quadros a nível nacional.

Por outro lado, diversas reformas estruturais e legislativas têm sido levadas a cabo pelo Governo, tendo, com isto, resultado no reposicionamento do país no contexto da integração económica regional, quer ao nível da Zona de Livre Comércio da SADC, que permite o alargamento do mercado para o país, passando as empresas angolanas industriais e comerciais a contarem com 1.3 biliões de consumidores para os seus produtos.

Deste modo, a adequação legislativa do sector da indústria e do comércio afigura-se relevante não apenas pelas questões de integração intra-africana, mas também para se acelerar o processo da diversificação da economia e da firmação da economia de mercado regulada que tem permitido a formalização das actividades económicas, fazendo com que a informalidade registe recuos significativos.

Para o efeito, as medidas de simplificação dos procedimentos de licenciamento da actividade comercial interna e externa, bem como da industrial, o apoio à produção nacional, as acções de sensibilização a produção e formalização das actividades económicas, servem como preparação dos operadores económicos nacionais para abraçarem as oportunidades locais e internacionais, com particular destaque para a SADC e para a ZCLCA.

As reformas implementadas abrangeram vários domínios, dentre os quais o jurídico-institucional no plano interno e externo, tendo culminado com a revisão e alteração do quadro legal do Investimento Privado, da Concorrência e da Contratação Pública, bem como o conjunto de iniciativas transversais que visaram criar e operacionalizar os Polos de Desenvolvimento Industrial e os Polos Industriais Rurais, sendo estes instrumentos impulsionadores do desenvolvimento industrial local e do fomento das cadeias de valor em Angola, estando em curso a preparação para 2024 a realização da 3a avaliação da política comercial, com o suporte técnico da OMC que permitirá a continuidade do processo de actualização das medidas e da melhoria do posicionamento do país.

Ao longo dos últimos anos, constatamos a instalação de várias unidades industriais no país, direccionadas, na sua grande maioria, para a produção de bens alimentares.

Pelo que podemos afirmar que já existem alguns sectores nos quais a indústria nacional consegue dar resposta às necessidades da procura interna, competindo com produtos importados, com destaque para os materiais de construção, produtos alimentares, bebidas, embalagens, actividade gráfica, mobiliário e equipamento escolar, produtos de higiene e limpeza, equipamentos de transporte e seus componentes, e de dispositivos médicos.

Ao nível dos materiais de construção e relativamente à produção de cimento, o país conta actualmente com 5 unidades instaladas, com uma capacidade de produção de Cimento superior a 8 Milhões de toneladas/ano e de Clínquer, acima de 6,5 Milhões de toneladas/ano. Em ambos os casos, as capacidades instaladas reúnem condições para suprir todas as necessidades de consumo nacional.

É justo destacar aqui que o sector das bebidas, por via do seu crescimento e desenvolvimento, tem sido aquele que mais potencia o surgimento e crescimento de novas empresas e actividades industriais, tais como a produção de embalagens de cartão, grades de plástico, preformas, rótulos, tampas, entre outras, sem esquecer todas as actividades associadas à distribuição, logística, marketing e publicidade. O sector tem em funcionamento mais de 50 operadores.

Com isso, dados estatísticos do Instituto Nacional de Estatística de Angola (INE), de 2018 a 2022, apontam que a taxa de crescimento do PIB real para a indústria transformadora registou um acumulado de 7,7%, com maior destaque para o ano de 2022 que teve um crescimento na ordem de 6%, superando a projecção prevista no OGE para aquele ano.

É consabido que a pandemia da Covid-19 trouxe consequências nefastas para a economia global, na qual Angola se insere, tendo, por este facto, sofrido os seus efeitos que se viram reflectidos na redução do abastecimento de alguns bens e serviços de consumo das populações.

Em resposta aos desafios impostos pela pandemia da Covid-19, em pouco tempo, o país marcou passos seguros, recuperou a capacidade plena de fornecimento de bens e serviços essenciais à população, como resultado da implementação de políticas públicas de crescimento industrial e de desenvolvimento comercial, aliadas à resiliência do sector privado.

Como resultado, as trocas comerciais com os parceiros regionais conheceram um aumento significativo, contribuindo, com isso, como já referido, para o aumento do PIB nacional e o aumento da oferta de produtos locais, a preços mais baixos.

Com isto, a perspectiva de crescimento do segmento industrial passou a ser suportada pela existência de um conjunto alargado de mais de 160 projectos estruturantes concretos, em diferentes fases de desenvolvimento, agrupados em diferentes clusters.

Portanto, este Conselho Consultivo sob o lema “Autossuficiência Alimentar no Contexto da Integração Económica Regional” traduz os esforços empreendidos pela actual governação e pelo sector privado visando a inserção de Angola na dinâmica do comércio livre, quer ao nível do continente, quer da região da SADC.

Destacam-se os diversos programas sectoriais e multissectoriais que enfatizam a necessidade de fortalecimento das capacidades produtivas, assim como a criação e promoção das cadeias de valor, tendo em conta o vasto potencial a nível de recursos naturais e humanos, que conduzam à autossuficiência alimentar com segurança e qualidade, aumentando a produção de grãos, de produtos pecuários e piscatórios, por meio dos diversos programas definidos pelo executivo e que constam da agenda temática deste fórum, como é o caso do PLANAGRÃO, do PLANACUÁRIA e do PLANAPESCAS, iniciativas transversais com impacto directo sobre a segurança alimentar e o fomento da indústria e do comércio.

Actualmente, possuímos algumas infraestruturas de armazenamento de grãos, nas províncias de Benguela, Huambo, Cuanza Sul, Malange, Huila e Luanda. Estamos a envidar esforços para complementar essas infraestruturas com equipamentos de triagem, calibragem e classificação, perspetivando o fornecimento de produtos em grande escala e com qualidade para os consumidores, garantindo a sustentabilidade e a autossuficiência, bem como a diversificação das exportações, com a venda ao exterior dos produtos made in Angola, conquistando-se, assim, novos mercados.

Por outro lado, estão em carteira projectos de criação de infraestruturas de apoio às embarcações, à produção de insumos, ração, máquinas e equipamentos para o sector piscículo, e a criação e desenvolvimento de plataformas logísticas de comércio e distribuição de bens alimentares de origem piscícola.

𝐂𝐚𝐫𝐨𝐬 𝐞𝐦𝐩𝐫𝐞𝐬á𝐫𝐢𝐨𝐬, 𝐫𝐞𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐚𝐬 𝐜â𝐦𝐚𝐫𝐚𝐬 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐦é𝐫𝐜𝐢𝐨 𝐞 𝐢𝐧𝐝ú𝐬𝐭𝐫𝐢𝐚,

Para terminar, permitam-me reiterar que está em curso um vasto programa de reformas políticas, económicas e sociais com vista a melhoria do ambiente de negócios, com incidências na simplificação e desburocratização de procedimentos relacionados com o licenciamento da actividade industrial e comercial.

Este 3° Conselho Consultivo tem como objectivo o balaceamento e alinhamento da política comercial e industrial com a visão do sector privado, sobre os desafios e oportunidades para o desenvolvimento industrial e comercial no quadro das prioridades inseridas na agenda da governação actual, com realce para a diversificação económica e integração regional.

Auguramos que o sector empresarial privado, agricultores, produtores, industrias e membros da sociedade civil, aqui representados, optimizem mais esta oportunidade criada para que se conheçam as políticas e programas públicos em execução, voltados para o desenvolvimento do sector.

Pelo que, É POSSÍVEL CAMINHARMOS JUNTOS!

Com estas palavras, declaro aberto o III Conselho Consultivo do Ministério da Indústria e Comércio.

Muito obrigado pela atenção!

20Abr

INIQ TRABALHA NA IMPLEMENTAÇÃO DOS SISTEMAS DE GESTÃO PARA OS SERVIÇOS DE ACREDITAÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE ACORDO COM AS NORMAS ISO 17011 E 17021

A informação foi passada pela Directora-Geral, Olga Dicamba, por ocasião do 2º aniversário da instituição, cujo estatuto orgânico foi aprovado pelo Decreto Presidencial nº 95/21 de 20 de Abril.

Por esta ocasião, a Directora Geral, Olga Dicamba, em resumo às actividades realizadas pela instituição que dirige, fez saber que várias foram as acções desenvolvidas, apontando como exemplo, a assinatura recentemente de um memorando de entendimento no domínio da normalização, avaliação da conformidade e formação com o Gabinete de Normas da Zâmbia (Zambian Bureau Of Standards (ZABS), sua congénere zambiana, tendo ainda afirmado que:

“Estão em curso outros protocolos, com outras congéneres” destacou a responsável.

Disse igualmente que o INIQ, esta a trabalhar na implementação dos Sistemas de Gestão para os serviços de Acreditação e Certificação, com base nas Normas ISO 17017011 e 17021, respectivamente e perspectivam contar brevemente com a bolsa de avaliadores e auditores do INIQ.

“Para além da Semana Nacional da Qualidade, que se realiza anualmente no mês de Novembro, temos o desafio de divulgar cada vez mais as matérias da qualidade, bem como os nossos serviços, não só a nível de Luanda como do País” fez saber Olga Dicamba.

No que toca a existência de algum programa nacional da avaliação da conformidade dos produtos e serviços no país, a Directora Geral, informou que existe o Programa de Melhoria do Sistema Nacional da Qualidade, que consta do PDN, e sob esta cobertura, o INIQ desenvolve vários projectos, de entre os quais o PRONAC- Projecto Nacional de Avaliação da Conformidade, e o SINGERT, que é Sistema Integrado de Regulamentos Técnicos, uma plataforma digital que integrará e comportará todos os regulamentos técnicos nacionais e de alguns dos principais destinos de exportação, simplificando e facilitando assim os produtores, exportadores, importadores, fiscalizadores, consumidores, etc, a conhecerem os requisitos técnicos regulamentares/ legais, dos mais diversos produtos, serviços e processos.

Outras acções desenvolvidas

A responsável do INIQ, informou que, o ano passado e nos anteriores, o INIQ desenvolveu várias acções, das quais destacam-se, mais de 250.000 verificações metrológicas, em bombas de combustíveis, balanças e parquímetros, mais de 1.256 certificados de autorização de importação de cabos eléctricos, mais de 20 certificados de registo e cadastro de entidades que trabalham em Angola, no âmbito da qualidade. Como determina o referido Decreto 58/08 de 2008, foram homologadas e publicadas acima de 200 normas técnicas, aumentando deste modo o acervo normativo nacional para cerca de 500 normas técnicas, que servirão como base para produção de vários produtos e serviços.

“Escolheu-se 10 produtos para regulamentar, no âmbito da actividade e acções de regulamentação técnica. Alguns serão de certificação obrigatória, outros, serão de conformidade obrigatória às especificações técnicas. Ou seja, as especificações técnicas de determinados produtos serão de cumprimento obrigatório.

Estes produtos são: o pão, peixe fresco e congelado inteiro, mel, açucar, álcool neutro, cimento, aço para betão armado, cigarro e cigarrilhas, água mineral e potável e sal iodado” informou, tendo justificado, que a escolha desses produtos, obedeceu a critérios globalmente usados, nomeadamente o seu potencial impacto (negativo) na vida, saúde, segurança e bem estar das pessoas e do meio ambiente, caso não sejam observadas certas regras em toda cadeia na sua produção.

19Abr

COMISSÕES PERMANENTES DE ESPECIALIDADE E SECTORIAIS CRIADAS NO CNQ

A Primeira Reunião Ordinária Anual do CNQ que juntou players de vários sectores, decorreu na manhã desta, quinta-feira, 30 de Março e debruçou-se sobre a criação de comissões permanentes de especialidade e sectoriais, ao abrigo do Decreto 83/02 de 06 de Dezembro.

Foram sugeridas a criação de 12 comissões sectoriais, entre elas a de turismo, indústria e comércio, justiça e segurança pública, construção, serviços públicos, entre outras.

Das comissões permanentes de especialidade, constam as da especialidade de metrologia, normalização, regulamentos técnicos, avaliação da conformidade e laboratórios.

Em entrevista, o membro representante da Ordem dos Engenheiros de Angola, José Sandumbo, frisou que o encontro serviu para firmar mais uma vez o compromisso da sociedade com a qualidade, uma vez que pelo CNQ poderão surgir os normativos que servirão de guia para a certificação dos materias de laboratório e tudo quanto é utilizado em todas as obras onde a engenharia é chamada.

Por outro lado, o presidente da associação Nação Verde, Nuno Cruz, realçou que o Conselho irá contribuir, sobretudo nas decisões do ponto de vista legais; na qualidade de membro do conselho, irão propor a verificação de políticas da qualidade do ar, em virtude da quantidade de veículos e a sua poluição, com vista a contribuir na tomada de decisões do ponto de vista da qualidade ambiental do nosso país.

O Conselho Nacional da Qualidade (CNQ) é a estrutura superior do Sistema Angolano da Qualidade – SAQ, e órgão especializado de consulta do executivo nos domínios da política da qualidade e de desenvolvimento do SAQ, criado ao abrigo do decreto 83/02 de 06 de Dezembro.