Sob o lema āšššššššš šššĆšššš ššššššššš šš šššššššš šš šššššššĆĆš ššššĆšššš ššššššššā, realizou-se nos dias 27 e 28 de Abril de 2023, na sala de conferĆŖncias do Hotel Serra da Chela, na ProvĆncia da HuĆla o 3.Āŗ Conselho Consultivo do MinistĆ©rio da IndĆŗstria e ComĆ©rcio.
As palavras de āBoas Vindasā estiveram a cargo de Sua ExcelĆŖncia Senhor Governador da ProvĆncia da HuĆla, Eng. Nuno Mahapi Dala, que em sĆntese, louvou a iniciativa do MinistĆ©rio da IndĆŗstria e ComĆ©rcio de realizar o seu 3.Āŗ Conselho Consultivo na ProvĆncia que dirige, bem como de conceber polĆticas e programas que optimizam a capacidade
produtiva nacional e potencializam o escoamento para os grandes centros de consumo interno e externo, assim como a sua transformação, considerando a Provincia como a placa giratória para a zona sul do paĆs.
Outrossim, destacou o ātriĆ¢ngulo do milhoā como factor estratĆ©gico para a produção de cereais, e como tal sugeriu que deveria integrar a primeira fase do programa nacional para a produção. Desejou por Ćŗltimo que os presentes aproveitassem ao mĆ”ximo as experiĆŖncias e conhecimentos que seriam transmitidos, mas que sobretudo pudessem
trazer soluƧƵes que venham a consolidar os projectos que visam tornar Angola num paĆs
autossuficiente na produção alimentar.
De seguida, Sua ExcelĆŖncia Ministro da IndĆŗstria e ComĆ©rcio, Eng.Āŗ Victor Fernandes, proferiu o discurso de abertura, ressaltando que, este 3.Āŗ Conselho Consultivo sob o lema āAutossuficiĆŖncia Alimentar no Contexto da Integração Económica Regional” traduziu os esforƧos empreendidos pela actual governação e pelo sector privado visando a inserção de Angola na dinĆ¢mica do comĆ©rcio livre, quer ao nĆvel do continente, quer da regiĆ£o da
SADC.
Destacou ainda os diversos programas sectoriais e multissectoriais, que enfatizam a necessidade de fortalecimento das capacidades produtivas, a criação e promoção das cadeias de valor, considerando o vasto potencial a nĆvel de recursos naturais e humanos, factores determinantes para o alcance da autossuficiĆŖncia alimentar, contribuindo para o aumento da produção de grĆ£os, produtos pecuĆ”rios e piscatórios, referindo-se essencialmente ao PLANAGRĆO, PLANAPECUĆRIA e PLANAPESCAS, iniciativas transversais com impacto directo sobre a seguranƧa alimentar e o fomento da indĆŗstria e do comĆ©rcio.
Sua Excia Sr. Ministro da IndĆŗstria e ComĆ©rcio, ressaltou, igualmente, as iniciativas concretizadas pelo sector no domĆnio da reforma administrativa, de que resultou a desburocratização dos processos de licenciamento comercial interno e externo.
3. Participaram do 3.Āŗ Conselho Consultivo Sua Excia. Sr. Governador da ProvĆncia da HuĆla, Exma. Sra. Vice Governadora do para o Sector PolĆtico, Social e Económico da provĆncia da HuĆla, Exma. Sra. Vice Governadora para o Sector PolĆtico, Social e Económico da provĆncia do Cuando Cubango, Exma. Sra. Vice Governadora do para o Sector PolĆtico, Social e Económico da provĆncia do Cuanza Norte, Exmos. Srs. SecretĆ”rios de Estado para a IndĆŗstria, para o ComĆ©rcio e para a Reforma do Estado, dignĆssimo Sr. Administrador municipal do Lubango, Directores Nacionais, Adidos
Comerciais no Estrangeiro e dos Gabinetes Provinciais de Desenvolvimento Económico
Integrado, Directores Gerais e Adjuntos dos ĆrgĆ£os sob SuperintendĆŖncia do Ministro da IndĆŗstria e ComĆ©rcio, Presidentes de Conselhos de Administração de Institutos e de Empresas PĆŗblicas, Consultores, Chefes de Departamentos, TĆ©cnicos Superiores, representantes de AssociaƧƵes Empresariais e convidados.
Após informação do Programa, Sua Excelência Senhor Ministro da Indústria e Comércio
deu inĆcio aos trabalhos, tendo o programa sido cumprido com a apresentação e discussĆ£o dos temas previstos, conforme se seguem:
PRIMEIRO DIA:
I. ACORDOS DE ADESĆO A ZONA DE COMĆRCIO LIVRE DA SADC E
CONTINENTAL E A PROTECĆĆO DA INDĆSTRIA NACIONAL;
II. CARACTERIZIĆĆO DAS PONTENCIALIDADES NOS SUBSECTORES DA
INDĆSTRIA E COMĆRCIO NA PROVĆNCIA DA HUĆLA;
III. AUTOSSUFICIĆNCIA ALIMENTAR E INTEGRAĆĆO ECONĆMICA
REGIONAL NA VISĆO E PERSPECTIVA ACADĆMICA;
IV. A RESPONSABILIDADE SECTORIAL DA INDĆSTRIA, DO COMĆRCIO E
SERVIĆOS NA CADEIA DE VALOR DO PLANAPECUĆRIA;
V. A INDUSTRIALIZAĆĆO DA ECONOMIA NACIONAL COMO FACTOR
DECISIVO PARA AUTOSSUFICIĆNCIA ALIMENTAR;
VI. LINHAS GERAIS DA PROPOSTA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO
SECTORIAL DA INDĆSTRIA E COMĆRCIO PARA O PERĆODO 2023-2027;
VII. A PROTECĆĆO DA MARCA ā AGREGAĆĆO DE VALOR DOS PRODUTOS
NO ĆMBITO DAS TROCAS COMERCIAIS;
VIII. AVALIAĆĆO DA CONFORMIDADE E MONITORAMENTO DA QUALIDADE.
RESULTADOS E PERSPECTIVAS;
IX. OS DESAFIOS DA CERTIFICAĆĆO DE PRODUTOS
SEGUNDO DIA:
X. O RESGATE DA CADEIA DE COMERCIALIZAĆĆO NA PROVĆNCIA DO
HUAMBO;
XI. PDS DO POLO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO CUNENE
COMO MOTOR DE ATRACĆĆO DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NO
REGIĆO SUL DE ANGOLA;
XII. A IMPORTĆNCIA DOS CENTROS LOGĆSTICOS DE DISTRIBUIĆĆO NA
MANUTENĆĆO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS.
De seguida passou-se à apresentação dos temas, bem como o respectivo debate,
com concorridas perguntas e respostas, do qual estraĆram-se as seguintes
CONCLUSĆES:
a) Relativamente ao tema sobre os ACORDOS DE ADESĆO A ZONA DE
COMĆRCIO LIVRE DA SADC E CONTINENTAL E A PROTECĆĆO DA
INDĆSTRIA NACIONAL, Angola em 2002 por via da resolução nĀŗ 5/02 ratificou
o Acordo, tendo apenas em 2020 apresentado a proposta de oferta sobre
comƩrcio de mercadorias, verificada pela equipa tƩcnica do secretariado da
SADC, o que motivou a realização de encontros técnicos para a revisão da
proposta inicial em conformidade com a Resolução do Conselho de Ministros
do ComƩrcio da SADC.
Assim, foi revista a proposta que serƔ remetida ao Secretariado, para negociaƧƵes com os Estados Membros.
Ao nĆvel da ZCLCA, Angola ratificou o Acordo que cria a ZCLCA e respectivos Anexos, por meio da resolução n Āŗ 35/20, de 23 de Setembro. Submetemos tambĆ©m, neste processo, as propostas de ofertas no ComĆ©rcio de Mercadorias
e de Serviços, que se encontram em processo de verificação pela equipa técnica do Secretariado.
Todavia, com vista ao inĆcio da intensificação das trocas comerciais foi lanƧado em 2022 a Iniciativa de Comercio Guiado (ICG) nĆ£o tendo angola feito parte, devido a algumas insuficiĆŖncias administrativas, podendo, no entanto, integrar
a segunda iniciativa em 2023, pretendendo-se que as empresas angolanas participem dessas iniciativas piloto para a aceleração da ZCLCA.
A adesão à estas zonas podem ter efeitos adversos nas indústrias nacionais porque pode ocasionar a entrada inesperada de produtos em quantidades
avultadas, derivado de ādumpingā ou subsĆdios nocivos as indĆŗstrias nacionais.
Recomenda-se uma maior divulgação junto do sector privado sobre o processo
de integração e operacionalização da ZCL (SADC e Continental) para que possam tomar conhecimento prĆ”tico do que irĆ” ocorrer, bem como prepararemse para competirem aos nĆveis regional e continental.
Verificou-se a necessidade das Câmaras e Associações Empresariais, assumirem o seu papel de coordenação da participação do sector privado no processo de divulgação e formação, onde necessÔrio dos processos de integração regional, tais como: Regras de origem, Tarifas Preferenciais,
CertificaƧƵes e AcreditaƧƵes.
b) Relativamente ao tema sobre a CARACTERIZAĆĆO DAS
POTENCIALIDADES NOS SUBSECTORES DA INDĆSTRIA E COMERCIO
NA PROVĆNCIA DA HUILA, fez-se uma radiografia sobre as potencialidades naturais da referida ProvĆncia, cuja localização geogrĆ”fica, considerando a sua localização estratĆ©gica na regiĆ£o sul do paĆs.
No que diz respeito ao desenvolvimento do sector da indústria e comércio, vale destacar que a contribuição da indústria transformadora nesta região, tem um crescimento satisfatório, dispondo de um total de 411 unidades industriais, dentre as
quais 375 sĆ£o micro industrias maioritariamente localizadas no meio local. sendo 295 em funcionamento, 75 em implementação e 41 paralisadas; distribuĆdas nos subsectores das bebidas, colchƵes, transformação de granito (recursos minerais), mobiliĆ”rio, calcĆ”rios que consequente apoia o sector primĆ”rio. a provĆncia da HuĆla dispƵe ainda de 7499 estabelecimentos comerciais, distribuĆdos em grandes superfĆcies, mĆ©dia e pequena superfĆcies.
A ProvĆncia tem uma grande forca de trabalho Ć”vida para trabalhar, onde um nĆŗmero considerĆ”vel dedica-se Ć transformação de mel, chouriƧo etc. atĆ© o ano passado formaram-se mais de 150 jovens em literĆ”cia financeira igualmente no agro-negócio
de modos a incentivar e promover o investimento neste sector.
A realização de 53 feiras (expo huila,) 250 milhões de kz. Tudo ligado à produtos do campo através do PIDCR tem influenciado significativamente no escoamento da produção no meio rural.
c) No que se refere a AUTOSSUFICIĆNCIA ALIMENTAR E INTEGRAĆĆO
ECONĆMICA REGIONAL NA VISĆO E PERSPECTIVA ACADEMICA deu-se nota de que a integração económica e regional apresenta-se como um
instrumento de apoio ao crescimento económico dos paĆses africanos reforƧando a integração dos mercados e as relaƧƵes Ć nĆvel do continente
africano. As potencialidades que o nosso continente, em especial o nosso paĆs
possui em termos de terras arĆ”veis e recursos hĆdricos sĆ£o factores decisivos para tornar o nosso paĆs autossuficiente no sector alimentar.
Foi ainda ressaltada a necessidade de avaliar o conteúdo programÔtico dos cursos da academia e a necessidade de readequação do plano nacional de formação de quadros ao actual contexto pelo que, foi-nos informado que é uma prioridade do Ministério do Ensino Superior e Ciência Tecnológico fazer a reformulação dos conteúdos programÔticos das academias nacionais.
d) O tema sobre a RESPONSABILIDADE SECTORIAL DA INDĆSTRIA, DO
COMĆRCIO E SERVIĆOS NA CADEIA DE VALOR DO PLANAPECUĆRIA serviu para abordar de forma sintetizada as atribuiƧƵes do MinistĆ©rio da
IndĆŗstria e comĆ©rcio no ambito deste plano, conforme o Decreto Presidencial 13/23 de 6 de Janeiro, que aprova o PLANA-PECUĆRIA, em que estĆ£o estabelecidos 9 objectivos por alcanƧar no perĆodo de 2023 a 2025, dos quais vale destacar para os sectores da indĆŗstria e comĆ©rcio os seguintes:
⢠Fomentar a instalação da indĆŗstria alimentar, matadouros, casas legais de abate e de processamento, furos de Ć”gua, centros logĆsticos e de frio, bem como a aquisição de mĆ”quinas pesadas e ligeiras e camiƵes tecnológicos (transporte de gado e carcaƧas, produtos embalados); de dados estatĆsticos de produção de carne e outros produtos pecuĆ”rio;
⢠Fortalecer capacidades técnicas através da formação e de recrutamento de quadros especializados, bem como o desenvolvimento da
investigação cientĆfica e inovação tecnológica com instituiƧƵes de ensino e de investigação, locais, regionais, para aumento do Capital Humano.
e) No que concerne A INDUSTRIALIZAĆĆO DA ECONOMIA NACIONAL COMO FERRAMENTA PARA A AUTOSSUFICIĆNCIA ALIMENTAR, considerando a sua incidĆŖncia no processo ligado a criação de condiƧƵes agrĆcolas para a produção em escalas considerĆ”veis, com vista a alimentar as indĆŗstrias transformadoras no fornecimento da matĆ©ria ā prima, o que vai fomentar cadeias de valor, criar mais postos de trabalho e consequentemente impulsionar a economia nacional. Reconheceu-se que o sector enfrenta ainda alguns desafios ligados a logĆstica de escoamento e a necessidade contĆnua de investimento no capital humano nacional, e a criação de mais unidades industriais de apoio a produção agrĆcola, nomeadamente fertilizantes.
f) Sobre as LINHAS GERAIS DA PROPOSTA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO SECTORIAL DA INDUSTRIA E COMĆRCIO PARA O PERĆODO 2023-2027 sublinhou-se a visĆ£o do sector da indĆŗstria destacando a intenção de tornar a IndĆŗstria angolana diversificada, inovadora e
tecnologicamente evoluĆda ,capaz de suprir as necessidades internas de bens alimentares e de contribuir para a participação do paĆs nas Cadeias de Valor Globais, articulada com um sector de ComĆ©rcio seguro, moderno e equilibrado no território, que contribui para a inclusĆ£o social e para o desenvolvimento sustentĆ”vel, e promove a integração regional e internacional do PaĆs.
Dentro dos eixos de intervenção para o sector da indústria constitui-se como prioridade para o próximo quinquênio a activação de projectos primordiais tais como o desenvolvimento e operacionalização da rede de polos de desenvolvimento industrial (PDI), financiamento e apoio ao investimento na indústria, desenvolvimento da agroindústria entre outros que vão contribuir para o aumento da contribuição da indústria transformadora no PIB.
Relativamente aos eixos de intervenção do sector do comércio, trata-se como prioridade, quer seja no comercio interno e externo, a melhoria das cadeias de abastecimento e modernização e desenvolvimento do comércio com alguns
projectos que irĆ£o ajudar na operacionalização ā racionalização das estruturas de distribuição alimentar e logĆsticas existentes. Intenciona-se incrementar as actividades comerciais em meio rural, dando luz Ć projectos para a melhoria do
acesso ao crédito especificamente para o comercio rural e a promoção do associativismo e outras formas de cooperativismo no comercio rural, bem como reforçar o papel da reserva estratégica alimentar e melhorar o controlo alimentar na cadeia de distribuição.
Considerando a adesão de Angola à Zona de Livre Comércio da SADC e Continental Africana para o comercio externo o MINDCOM tem como
prioridades o fomento das exportações e integração no comercio internacional:
projectos ā reorganização do comercio externo e integração no comercio internacional.
g) O tema sobre A PROTECĆĆO DA MARCA ā AGREGAĆĆO DE VALOR DOS PRODUTOS NO ĆMBITO DAS TROCAS COMERCIAIS representa os direitos de propriedade intelectual no Ć¢mbito da ZCLCA estabelecem regras e princĆpios que abrangem um conjunto de direitos de propriedades intelectuais, dentre os quais as marcas. O acordo que cria A ZCLCA vai impulsionar o comercio interafricano por intermĆ©dio de protocolos comerciais. RealƧou-se que angola jĆ” faz parte dos acordos e convenƧƵes internacionais.
Deste modohÔ a necessidade de o Estado angolano harmonizar essas normas e regras às nossas legislações internas deixando mais clarificadas aos investidores as leis nacionais vigentes sobre a propriedade intelectual.
Pela importância que a propriedade industrial representa, a mesma deve ser vista não apenas como instrumento de proteção, mas também como um instrumento de gestão de conhecimento que poderÔ contribuir para a cooperação e parcerias entre agentes deste modo enfatizando a emergência de criar-se uma estratégia nacional de propriedade intelectual dando luz ao documento orientador desta atividade.
Na recta final da bordagem sobre o tema supra, foi destacada a necessidade de estabelecer uma interoperabilidade entre o sistema do IAPI e o sistema do MinistƩrio da JustiƧa no que concerne o ficheiro de denominaƧƵes sociais, esta medida visa colmatar a problemƔtica do registo de marcas com o nome de alguma empresa alheia.
h) Em relação A AVALIAĆĆO DA CONFORMIDADE E MONITORAMENTO DA
QUALIDADE – RESULTADOS E PERSPECTIVAS ā no contexto do instituto Nacional de controle da qualidade, fez-se uma apresentação suscinta sobre as competĆŖncia e atribuiƧƵes do referido instituto, dentre as quais, vale referenciar
que, o instituto Nacional de Controle da Qualidade tem a competência de avaliar e certificar os padrões de qualidade normativa e legislativa de todos os produtos do segmento alimentar e similares, bebidas e respectivos processos
de produção, comercialização e distribuição através do seu laboratório central.
Em suma, o instituto Nacional de controle de qualidade intervém nos sectores secundÔrios (indústria e restauração) e terciÔrios (comércio e distribuição) dos produtos dos segmentos acima referenciados.
i) Quanto aos DESAFIOS DA CERTIFICAĆĆO DE PRODUTOS falou-se da certificação no Ć¢mbito da avaliação da conformidade, realƧado que, a
certificação não é obrigatória, porém de grande importância, pois a mesma, por meio de uma entidade neutra garante que os produtos, processos ou serviços tenham a conformidade com base em normas e outros documentos de
referencias aplicƔveis.
Destacou-se que, a certificação é abrangente no mercado nacional deste modo, no caso de importações ou exportações, para além de ter o produto certificado, é necessÔrio conhecer as exigências regulamentares ou legais para
a importação ou exportação do mercado externo cumprir com as mesmas, sendo que, cada mercado dispõe dos seus requisitos gerais para
conformidade.
Neste momento, o INIQ encontra-se no processo para o reconhecimento internacional da sua competência técnica que é a Acreditação.
O instituto também a conformar os seus processos, procedimentos e demais documentação aos requisitos da Norma ISO 17011.
j)Em relação ao RESGATE DA CADEIA DE COMERCIALIZAĆĆO NA PROVĆNCIA
DO HUAMBO vale realƧar que o Circuito Comercial na ProvĆncia do Huambo, onde se regista a violação da Cadeia Comercial deve elencar uma estratĆ©gia combinada com as existentes, propicia a observĆ¢ncia e cumprimento das normas legais sobre a organização e funcionamento do ComĆ©rcio.
O resgate da cadeia de comercialização, centra-se na criação de Pólos de Desenvolvimento Comercial / Mercados Abastecedores por meio de Parceria Público Privada, para se atingir entre outros, o seguinte objectivo geral:
ā¢Repor o Normal Funcionamento da Cadeia Comercial Bem como objectivos especĆficos:
ā¢Criar um ambiente de negócios propicio do exercĆcio da actividade de comercio a
grosso;
ā¢Repor o Normal Funcionamento da Cadeia Comercial;
ā¢Combater a concorrĆŖncia desleal;
ā¢Formalizar e regular a actividade de vender de Banca de mercado;
ā¢Promover a actividade de comĆ©rcio a grosso em livre serviƧo (Cash and Carry);
ā¢Com a construção de Polos Comerciais / Mercados Abastecedores Mercados Municipais Urbanos, serĆ” possĆvel a curto prazo minimizar os efeitos nocivos ao funcionamento da Cadeia Comercial, promover o desenvolvimento e a
modernização da actividade comercial, assegurar a disciplina no exercĆcio da actividade comercial, bem como coordenar melhor toda a actividade de inspecção e fiscalização.
Por outro lado, propicia o intercambio entre as zonas de produção e os centros de consumo, garantindo a defesa do consumidor e a concorrência leal entre os agentes económicos.
k) Em relação ao PDS DO POLO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO
CUNENE COMO MOTOR DE ATRACĆĆO DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NA REGIĆO SUL DE ANGOLA deu-se nota de que, a implementação do Polo de Desenvolvimento Industrial do Cunene no municĆpio do Cuanhama, Comuna de Ondjiva visa impulsionar a exploração de diversos sectores naquela regiĆ£o, para alĆ©m do sector agropecuĆ”rio que atualmente representa o potencial econĆ“mico da provĆncia. A provĆncia do Cunene Ć© rica em recursos minerais com potencial para a
implementação da indústria extrativa e transformadora, a sua riqueza em flora, permite
a exploração da indústria de cosméticos e bebidas.
A implementação efetiva do PDIC irÔ permitir o aumento da capacidade de produção
e transformação com a implementação do PLANAGRĆO, PLANAPESCA E PLANAPECUĆRIA e facilitar o escoamento da produção nacional, em suma atraindo mais investimentos para a provĆncia do Cunene.
O local escolhido para a implementação do referido polo dispõe de uma dimensão de 1000 ha, fornece acesso à rede elétrica, acesso à rede de abastecimento de Ôgua e acesso ao ramal ferroviÔria, de acordo a nova proposta de caminhos de ferro.
Até a presente data jÔ realizou-se a sensibilização, cadastramento, negociação, assinatura do contrato de cedência de terreno do GPC para o IDIIA e o Concurso público para ocupação dos lotes.
Finalmente, em relação ao tema sobre a IMPORTĆNCIA DOS CENTROS LOGĆSTICOS DE DISTRIBUIĆĆO NA MANUTENĆĆO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS.
Deu-se nota da importĆ¢ncia dos Centros de LogĆstica e Distribuição que consistem na
centralização de produtos que podem beneficiar do processo logĆstico, desde o fornecedor atĆ© ao consumidor final.
Os centros logĆsticos tĆŖm a capacidade de agregar valor ao produto, reduzir o custo do transporte, assim como a mĆ£o-de-obra, aumentando a sua competitividade.
PorĆ©m, os Centros logĆsticos só poderĆ£o desenvolver o seu verdadeiro papel se
estiverem devidamente alinhados aos Polos de Desenvolvimento.
Ć imperioso que os esforƧos estejam centrados na ampliação dos Polos de Desenvolvimento para garantir uma articulação eficiente com os centros logĆsticos de distribuição.
Existem dois importantes polos de Desenvolvimento que se bem orientados permitirão
uma maior integração regional. Trata-se dos Polos de Desenvolvimento de Viana( ProvĆncia de Luanda) e o da Catumbela (ProvĆncia de Benguela).
Os centros logĆsticos de distribuição tĆŖm implicaƧƵes no crescimento económico de
qualquer paĆs e impactam positivamente ou negativamente na livre circulação de
pessoas e bens;
Em suma, os participantes deste Conselho, ressaltaram a necessidade de envolvimento do sector privado na criação de polĆticas e estratĆ©gias estruturantes no sector da indĆŗstria e comĆ©rcio, no Ć¢mbito da diversificação da economia com vista a
atingirmos a tão almejada autossuficiência alimentar e promoção das exportações de
produtos feitos em Angola e a consequente redução de importações.
As discussões abordadas neste fórum definirão as diretrizes para alcançarmos os objectivos preconizados, não apenas no quesito da autossuficiência alimentar, mas sobretudo na simplificação, desburocratização dos procedimentos relacionados com
as atividades económicas do nosso sector. Os participantes enalteceram as reformas em curso, e recomendaram a sua continuidade.
Sendo transversais as resoluƧƵes apresentadas, torna-se imperioso trabalhar-se cada vez mais de modo articulado com os demais sectores para que sejam atingidos os objectivos e desafios preconizados.
A sessão de encerramento do III.º Conselho Consultivo do Ministério do Comércio foi
presidida por Sua ExcelĆŖncia Ministro.
Lubango, aos 28 de Abril de 2023.
Os Participantes

