10Mai

Sob o lema ā€œš€š”š“šŽš’š’š”š…šˆš‚šˆĆŠšš‚šˆš€ š€š‹šˆšŒš„šš“š€š‘ ššŽ š‚šŽšš“š„š—š“šŽ šƒš€ šˆšš“š„š†š‘š€Ć‡ĆƒšŽ š„š‚šŽšĆ“šŒšˆš‚š€ š‘š„š†šˆšŽšš€š‹ā€, realizou-se nos dias 27 e 28 de Abril de 2023, na sala de conferĆŖncias do Hotel Serra da Chela, na ProvĆ­ncia da HuĆ­la o 3.Āŗ Conselho Consultivo do MinistĆ©rio da IndĆŗstria e ComĆ©rcio.

As palavras de ā€œBoas Vindasā€ estiveram a cargo de Sua ExcelĆŖncia Senhor Governador da ProvĆ­ncia da HuĆ­la, Eng. Nuno Mahapi Dala, que em sĆ­ntese, louvou a iniciativa do MinistĆ©rio da IndĆŗstria e ComĆ©rcio de realizar o seu 3.Āŗ Conselho Consultivo na ProvĆ­ncia que dirige, bem como de conceber polĆ­ticas e programas que optimizam a capacidade

produtiva nacional e potencializam o escoamento para os grandes centros de consumo interno e externo, assim como a sua transformaĆ§Ć£o, considerando a Provincia como a placa giratĆ³ria para a zona sul do paĆ­s.

Outrossim, destacou o ā€œtriĆ¢ngulo do milhoā€ como factor estratĆ©gico para a produĆ§Ć£o de cereais, e como tal sugeriu que deveria integrar a primeira fase do programa nacional para a produĆ§Ć£o. Desejou por Ćŗltimo que os presentes aproveitassem ao mĆ”ximo as experiĆŖncias e conhecimentos que seriam transmitidos, mas que sobretudo pudessem

trazer soluƧƵes que venham a consolidar os projectos que visam tornar Angola num paƭs

autossuficiente na produĆ§Ć£o alimentar.

De seguida, Sua ExcelĆŖncia Ministro da IndĆŗstria e ComĆ©rcio, Eng.Āŗ Victor Fernandes, proferiu o discurso de abertura, ressaltando que, este 3.Āŗ Conselho Consultivo sob o lema ā€œAutossuficiĆŖncia Alimentar no Contexto da IntegraĆ§Ć£o EconĆ³mica Regional” traduziu os esforƧos empreendidos pela actual governaĆ§Ć£o e pelo sector privado visando a inserĆ§Ć£o de Angola na dinĆ¢mica do comĆ©rcio livre, quer ao nĆ­vel do continente, quer da regiĆ£o da

SADC.

Destacou ainda os diversos programas sectoriais e multissectoriais, que enfatizam a necessidade de fortalecimento das capacidades produtivas, a criaĆ§Ć£o e promoĆ§Ć£o das cadeias de valor, considerando o vasto potencial a nĆ­vel de recursos naturais e humanos, factores determinantes para o alcance da autossuficiĆŖncia alimentar, contribuindo para o aumento da produĆ§Ć£o de grĆ£os, produtos pecuĆ”rios e piscatĆ³rios, referindo-se essencialmente ao PLANAGRƃO, PLANAPECUƁRIA e PLANAPESCAS, iniciativas transversais com impacto directo sobre a seguranƧa alimentar e o fomento da indĆŗstria e do comĆ©rcio.

Sua Excia Sr. Ministro da IndĆŗstria e ComĆ©rcio, ressaltou, igualmente, as iniciativas concretizadas pelo sector no domĆ­nio da reforma administrativa, de que resultou a desburocratizaĆ§Ć£o dos processos de licenciamento comercial interno e externo.

3. Participaram do 3.Āŗ Conselho Consultivo Sua Excia. Sr. Governador da ProvĆ­ncia da HuĆ­la, Exma. Sra. Vice Governadora do para o Sector PolĆ­tico, Social e EconĆ³mico da provĆ­ncia da HuĆ­la, Exma. Sra. Vice Governadora para o Sector PolĆ­tico, Social e EconĆ³mico da provĆ­ncia do Cuando Cubango, Exma. Sra. Vice Governadora do para o Sector PolĆ­tico, Social e EconĆ³mico da provĆ­ncia do Cuanza Norte, Exmos. Srs. SecretĆ”rios de Estado para a IndĆŗstria, para o ComĆ©rcio e para a Reforma do Estado, dignĆ­ssimo Sr. Administrador municipal do Lubango, Directores Nacionais, Adidos

Comerciais no Estrangeiro e dos Gabinetes Provinciais de Desenvolvimento EconĆ³mico

Integrado, Directores Gerais e Adjuntos dos ƓrgĆ£os sob SuperintendĆŖncia do Ministro da IndĆŗstria e ComĆ©rcio, Presidentes de Conselhos de AdministraĆ§Ć£o de Institutos e de Empresas PĆŗblicas, Consultores, Chefes de Departamentos, TĆ©cnicos Superiores, representantes de AssociaƧƵes Empresariais e convidados.

ApĆ³s informaĆ§Ć£o do Programa, Sua ExcelĆŖncia Senhor Ministro da IndĆŗstria e ComĆ©rcio

deu inĆ­cio aos trabalhos, tendo o programa sido cumprido com a apresentaĆ§Ć£o e discussĆ£o dos temas previstos, conforme se seguem:

PRIMEIRO DIA:

I. ACORDOS DE ADESƃO A ZONA DE COMƉRCIO LIVRE DA SADC E

CONTINENTAL E A PROTECƇƃO DA INDƚSTRIA NACIONAL;

II. CARACTERIZIƇƃO DAS PONTENCIALIDADES NOS SUBSECTORES DA

INDƚSTRIA E COMƉRCIO NA PROVƍNCIA DA HUƍLA;

III. AUTOSSUFICIƊNCIA ALIMENTAR E INTEGRAƇƃO ECONƓMICA

REGIONAL NA VISƃO E PERSPECTIVA ACADƉMICA;

IV. A RESPONSABILIDADE SECTORIAL DA INDƚSTRIA, DO COMƉRCIO E

SERVIƇOS NA CADEIA DE VALOR DO PLANAPECUƁRIA;

V. A INDUSTRIALIZAƇƃO DA ECONOMIA NACIONAL COMO FACTOR

DECISIVO PARA AUTOSSUFICIƊNCIA ALIMENTAR;

VI. LINHAS GERAIS DA PROPOSTA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO

SECTORIAL DA INDƚSTRIA E COMƉRCIO PARA O PERƍODO 2023-2027;

VII. A PROTECƇƃO DA MARCA ā€“ AGREGAƇƃO DE VALOR DOS PRODUTOS

NO ƂMBITO DAS TROCAS COMERCIAIS;

VIII. AVALIAƇƃO DA CONFORMIDADE E MONITORAMENTO DA QUALIDADE.

RESULTADOS E PERSPECTIVAS;

IX. OS DESAFIOS DA CERTIFICAƇƃO DE PRODUTOS

SEGUNDO DIA:

X. O RESGATE DA CADEIA DE COMERCIALIZAƇƃO NA PROVƍNCIA DO

HUAMBO;

XI. PDS DO POLO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO CUNENE

COMO MOTOR DE ATRACƇƃO DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NO

REGIƃO SUL DE ANGOLA;

XII. A IMPORTƂNCIA DOS CENTROS LOGƍSTICOS DE DISTRIBUIƇƃO NA

MANUTENƇƃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS.

De seguida passou-se Ć  apresentaĆ§Ć£o dos temas, bem como o respectivo debate,

com concorridas perguntas e respostas, do qual estraĆ­ram-se as seguintes

CONCLUSƕES:

a) Relativamente ao tema sobre os ACORDOS DE ADESƃO A ZONA DE

COMƉRCIO LIVRE DA SADC E CONTINENTAL E A PROTECƇƃO DA

INDƚSTRIA NACIONAL, Angola em 2002 por via da resoluĆ§Ć£o nĀŗ 5/02 ratificou

o Acordo, tendo apenas em 2020 apresentado a proposta de oferta sobre

comƩrcio de mercadorias, verificada pela equipa tƩcnica do secretariado da

SADC, o que motivou a realizaĆ§Ć£o de encontros tĆ©cnicos para a revisĆ£o da

proposta inicial em conformidade com a ResoluĆ§Ć£o do Conselho de Ministros

do ComƩrcio da SADC.

Assim, foi revista a proposta que serƔ remetida ao Secretariado, para negociaƧƵes com os Estados Membros.

Ao nĆ­vel da ZCLCA, Angola ratificou o Acordo que cria a ZCLCA e respectivos Anexos, por meio da resoluĆ§Ć£o n Āŗ 35/20, de 23 de Setembro. Submetemos tambĆ©m, neste processo, as propostas de ofertas no ComĆ©rcio de Mercadorias

e de ServiƧos, que se encontram em processo de verificaĆ§Ć£o pela equipa tĆ©cnica do Secretariado.

Todavia, com vista ao inĆ­cio da intensificaĆ§Ć£o das trocas comerciais foi lanƧado em 2022 a Iniciativa de Comercio Guiado (ICG) nĆ£o tendo angola feito parte, devido a algumas insuficiĆŖncias administrativas, podendo, no entanto, integrar

a segunda iniciativa em 2023, pretendendo-se que as empresas angolanas participem dessas iniciativas piloto para a aceleraĆ§Ć£o da ZCLCA.

A adesĆ£o Ć  estas zonas podem ter efeitos adversos nas indĆŗstrias nacionais porque pode ocasionar a entrada inesperada de produtos em quantidades

avultadas, derivado de ā€œdumpingā€ ou subsĆ­dios nocivos as indĆŗstrias nacionais.

Recomenda-se uma maior divulgaĆ§Ć£o junto do sector privado sobre o processo

de integraĆ§Ć£o e operacionalizaĆ§Ć£o da ZCL (SADC e Continental) para que possam tomar conhecimento prĆ”tico do que irĆ” ocorrer, bem como prepararemse para competirem aos nĆ­veis regional e continental.

Verificou-se a necessidade das CĆ¢maras e AssociaƧƵes Empresariais, assumirem o seu papel de coordenaĆ§Ć£o da participaĆ§Ć£o do sector privado no processo de divulgaĆ§Ć£o e formaĆ§Ć£o, onde necessĆ”rio dos processos de integraĆ§Ć£o regional, tais como: Regras de origem, Tarifas Preferenciais,

CertificaƧƵes e AcreditaƧƵes.

b) Relativamente ao tema sobre a CARACTERIZAƇƃO DAS

POTENCIALIDADES NOS SUBSECTORES DA INDƚSTRIA E COMERCIO

NA PROVƍNCIA DA HUILA, fez-se uma radiografia sobre as potencialidades naturais da referida ProvĆ­ncia, cuja localizaĆ§Ć£o geogrĆ”fica, considerando a sua localizaĆ§Ć£o estratĆ©gica na regiĆ£o sul do paĆ­s.

No que diz respeito ao desenvolvimento do sector da indĆŗstria e comĆ©rcio, vale destacar que a contribuiĆ§Ć£o da indĆŗstria transformadora nesta regiĆ£o, tem um crescimento satisfatĆ³rio, dispondo de um total de 411 unidades industriais, dentre as

quais 375 sĆ£o micro industrias maioritariamente localizadas no meio local. sendo 295 em funcionamento, 75 em implementaĆ§Ć£o e 41 paralisadas; distribuĆ­das nos subsectores das bebidas, colchƵes, transformaĆ§Ć£o de granito (recursos minerais), mobiliĆ”rio, calcĆ”rios que consequente apoia o sector primĆ”rio. a provĆ­ncia da HuĆ­la dispƵe ainda de 7499 estabelecimentos comerciais, distribuĆ­dos em grandes superfĆ­cies, mĆ©dia e pequena superfĆ­cies.

A ProvĆ­ncia tem uma grande forca de trabalho Ć”vida para trabalhar, onde um nĆŗmero considerĆ”vel dedica-se Ć  transformaĆ§Ć£o de mel, chouriƧo etc. atĆ© o ano passado formaram-se mais de 150 jovens em literĆ”cia financeira igualmente no agro-negĆ³cio

de modos a incentivar e promover o investimento neste sector.

A realizaĆ§Ć£o de 53 feiras (expo huila,) 250 milhƵes de kz. Tudo ligado Ć  produtos do campo atravĆ©s do PIDCR tem influenciado significativamente no escoamento da produĆ§Ć£o no meio rural.

c) No que se refere a AUTOSSUFICIƊNCIA ALIMENTAR E INTEGRAƇƃO

ECONƓMICA REGIONAL NA VISƃO E PERSPECTIVA ACADEMICA deu-se nota de que a integraĆ§Ć£o econĆ³mica e regional apresenta-se como um

instrumento de apoio ao crescimento econĆ³mico dos paĆ­ses africanos reforƧando a integraĆ§Ć£o dos mercados e as relaƧƵes Ć  nĆ­vel do continente

africano. As potencialidades que o nosso continente, em especial o nosso paĆ­s

possui em termos de terras arĆ”veis e recursos hĆ­dricos sĆ£o factores decisivos para tornar o nosso paĆ­s autossuficiente no sector alimentar.

Foi ainda ressaltada a necessidade de avaliar o conteĆŗdo programĆ”tico dos cursos da academia e a necessidade de readequaĆ§Ć£o do plano nacional de formaĆ§Ć£o de quadros ao actual contexto pelo que, foi-nos informado que Ć© uma prioridade do MinistĆ©rio do Ensino Superior e CiĆŖncia TecnolĆ³gico fazer a reformulaĆ§Ć£o dos conteĆŗdos programĆ”ticos das academias nacionais.

d) O tema sobre a RESPONSABILIDADE SECTORIAL DA INDƚSTRIA, DO

COMƉRCIO E SERVIƇOS NA CADEIA DE VALOR DO PLANAPECUƁRIA serviu para abordar de forma sintetizada as atribuiƧƵes do MinistĆ©rio da

IndĆŗstria e comĆ©rcio no ambito deste plano, conforme o Decreto Presidencial 13/23 de 6 de Janeiro, que aprova o PLANA-PECUƁRIA, em que estĆ£o estabelecidos 9 objectivos por alcanƧar no perĆ­odo de 2023 a 2025, dos quais vale destacar para os sectores da indĆŗstria e comĆ©rcio os seguintes:

ā€¢ Fomentar a instalaĆ§Ć£o da indĆŗstria alimentar, matadouros, casas legais de abate e de processamento, furos de Ć”gua, centros logĆ­sticos e de frio, bem como a aquisiĆ§Ć£o de mĆ”quinas pesadas e ligeiras e camiƵes tecnolĆ³gicos (transporte de gado e carcaƧas, produtos embalados); de dados estatĆ­sticos de produĆ§Ć£o de carne e outros produtos pecuĆ”rio;

ā€¢ Fortalecer capacidades tĆ©cnicas atravĆ©s da formaĆ§Ć£o e de recrutamento de quadros especializados, bem como o desenvolvimento da

investigaĆ§Ć£o cientĆ­fica e inovaĆ§Ć£o tecnolĆ³gica com instituiƧƵes de ensino e de investigaĆ§Ć£o, locais, regionais, para aumento do Capital Humano.

e) No que concerne A INDUSTRIALIZAƇƃO DA ECONOMIA NACIONAL COMO FERRAMENTA PARA A AUTOSSUFICIƊNCIA ALIMENTAR, considerando a sua incidĆŖncia no processo ligado a criaĆ§Ć£o de condiƧƵes agrĆ­colas para a produĆ§Ć£o em escalas considerĆ”veis, com vista a alimentar as indĆŗstrias transformadoras no fornecimento da matĆ©ria ā€“ prima, o que vai fomentar cadeias de valor, criar mais postos de trabalho e consequentemente impulsionar a economia nacional. Reconheceu-se que o sector enfrenta ainda alguns desafios ligados a logĆ­stica de escoamento e a necessidade contĆ­nua de investimento no capital humano nacional, e a criaĆ§Ć£o de mais unidades industriais de apoio a produĆ§Ć£o agrĆ­cola, nomeadamente fertilizantes.

f) Sobre as LINHAS GERAIS DA PROPOSTA DO PLANO DE DESENVOLVIMENTO SECTORIAL DA INDUSTRIA E COMƉRCIO PARA O PERƍODO 2023-2027 sublinhou-se a visĆ£o do sector da indĆŗstria destacando a intenĆ§Ć£o de tornar a IndĆŗstria angolana diversificada, inovadora e

tecnologicamente evoluĆ­da ,capaz de suprir as necessidades internas de bens alimentares e de contribuir para a participaĆ§Ć£o do paĆ­s nas Cadeias de Valor Globais, articulada com um sector de ComĆ©rcio seguro, moderno e equilibrado no territĆ³rio, que contribui para a inclusĆ£o social e para o desenvolvimento sustentĆ”vel, e promove a integraĆ§Ć£o regional e internacional do PaĆ­s.

Dentro dos eixos de intervenĆ§Ć£o para o sector da indĆŗstria constitui-se como prioridade para o prĆ³ximo quinquĆŖnio a activaĆ§Ć£o de projectos primordiais tais como o desenvolvimento e operacionalizaĆ§Ć£o da rede de polos de desenvolvimento industrial (PDI), financiamento e apoio ao investimento na indĆŗstria, desenvolvimento da agroindĆŗstria entre outros que vĆ£o contribuir para o aumento da contribuiĆ§Ć£o da indĆŗstria transformadora no PIB.

Relativamente aos eixos de intervenĆ§Ć£o do sector do comĆ©rcio, trata-se como prioridade, quer seja no comercio interno e externo, a melhoria das cadeias de abastecimento e modernizaĆ§Ć£o e desenvolvimento do comĆ©rcio com alguns

projectos que irĆ£o ajudar na operacionalizaĆ§Ć£o ā€“ racionalizaĆ§Ć£o das estruturas de distribuiĆ§Ć£o alimentar e logĆ­sticas existentes. Intenciona-se incrementar as actividades comerciais em meio rural, dando luz Ć  projectos para a melhoria do

acesso ao crĆ©dito especificamente para o comercio rural e a promoĆ§Ć£o do associativismo e outras formas de cooperativismo no comercio rural, bem como reforƧar o papel da reserva estratĆ©gica alimentar e melhorar o controlo alimentar na cadeia de distribuiĆ§Ć£o.

Considerando a adesĆ£o de Angola Ć  Zona de Livre ComĆ©rcio da SADC e Continental Africana para o comercio externo o MINDCOM tem como

prioridades o fomento das exportaƧƵes e integraĆ§Ć£o no comercio internacional:

projectos ā€“ reorganizaĆ§Ć£o do comercio externo e integraĆ§Ć£o no comercio internacional.

g) O tema sobre A PROTECƇƃO DA MARCA ā€“ AGREGAƇƃO DE VALOR DOS PRODUTOS NO ƂMBITO DAS TROCAS COMERCIAIS representa os direitos de propriedade intelectual no Ć¢mbito da ZCLCA estabelecem regras e princĆ­pios que abrangem um conjunto de direitos de propriedades intelectuais, dentre os quais as marcas. O acordo que cria A ZCLCA vai impulsionar o comercio interafricano por intermĆ©dio de protocolos comerciais. RealƧou-se que angola jĆ” faz parte dos acordos e convenƧƵes internacionais.

Deste modohƔ a necessidade de o Estado angolano harmonizar essas normas e regras Ơs nossas legislaƧƵes internas deixando mais clarificadas aos investidores as leis nacionais vigentes sobre a propriedade intelectual.

Pela importĆ¢ncia que a propriedade industrial representa, a mesma deve ser vista nĆ£o apenas como instrumento de proteĆ§Ć£o, mas tambĆ©m como um instrumento de gestĆ£o de conhecimento que poderĆ” contribuir para a cooperaĆ§Ć£o e parcerias entre agentes deste modo enfatizando a emergĆŖncia de criar-se uma estratĆ©gia nacional de propriedade intelectual dando luz ao documento orientador desta atividade.

Na recta final da bordagem sobre o tema supra, foi destacada a necessidade de estabelecer uma interoperabilidade entre o sistema do IAPI e o sistema do MinistƩrio da JustiƧa no que concerne o ficheiro de denominaƧƵes sociais, esta medida visa colmatar a problemƔtica do registo de marcas com o nome de alguma empresa alheia.

h) Em relaĆ§Ć£o A AVALIAƇƃO DA CONFORMIDADE E MONITORAMENTO DA

QUALIDADE – RESULTADOS E PERSPECTIVAS ā€“ no contexto do instituto Nacional de controle da qualidade, fez-se uma apresentaĆ§Ć£o suscinta sobre as competĆŖncia e atribuiƧƵes do referido instituto, dentre as quais, vale referenciar

que, o instituto Nacional de Controle da Qualidade tem a competĆŖncia de avaliar e certificar os padrƵes de qualidade normativa e legislativa de todos os produtos do segmento alimentar e similares, bebidas e respectivos processos

de produĆ§Ć£o, comercializaĆ§Ć£o e distribuiĆ§Ć£o atravĆ©s do seu laboratĆ³rio central.

Em suma, o instituto Nacional de controle de qualidade intervĆ©m nos sectores secundĆ”rios (indĆŗstria e restauraĆ§Ć£o) e terciĆ”rios (comĆ©rcio e distribuiĆ§Ć£o) dos produtos dos segmentos acima referenciados.

i) Quanto aos DESAFIOS DA CERTIFICAƇƃO DE PRODUTOS falou-se da certificaĆ§Ć£o no Ć¢mbito da avaliaĆ§Ć£o da conformidade, realƧado que, a

certificaĆ§Ć£o nĆ£o Ć© obrigatĆ³ria, porĆ©m de grande importĆ¢ncia, pois a mesma, por meio de uma entidade neutra garante que os produtos, processos ou serviƧos tenham a conformidade com base em normas e outros documentos de

referencias aplicƔveis.

Destacou-se que, a certificaĆ§Ć£o Ć© abrangente no mercado nacional deste modo, no caso de importaƧƵes ou exportaƧƵes, para alĆ©m de ter o produto certificado, Ć© necessĆ”rio conhecer as exigĆŖncias regulamentares ou legais para

a importaĆ§Ć£o ou exportaĆ§Ć£o do mercado externo cumprir com as mesmas, sendo que, cada mercado dispƵe dos seus requisitos gerais para

conformidade.

Neste momento, o INIQ encontra-se no processo para o reconhecimento internacional da sua competĆŖncia tĆ©cnica que Ć© a AcreditaĆ§Ć£o.

O instituto tambĆ©m a conformar os seus processos, procedimentos e demais documentaĆ§Ć£o aos requisitos da Norma ISO 17011.

j)Em relaĆ§Ć£o ao RESGATE DA CADEIA DE COMERCIALIZAƇƃO NA PROVƍNCIA

DO HUAMBO vale realƧar que o Circuito Comercial na ProvĆ­ncia do Huambo, onde se regista a violaĆ§Ć£o da Cadeia Comercial deve elencar uma estratĆ©gia combinada com as existentes, propicia a observĆ¢ncia e cumprimento das normas legais sobre a organizaĆ§Ć£o e funcionamento do ComĆ©rcio.

O resgate da cadeia de comercializaĆ§Ć£o, centra-se na criaĆ§Ć£o de PĆ³los de Desenvolvimento Comercial / Mercados Abastecedores por meio de Parceria PĆŗblico Privada, para se atingir entre outros, o seguinte objectivo geral:

ā€¢Repor o Normal Funcionamento da Cadeia Comercial Bem como objectivos especĆ­ficos:

ā€¢Criar um ambiente de negĆ³cios propicio do exercĆ­cio da actividade de comercio a

grosso;

ā€¢Repor o Normal Funcionamento da Cadeia Comercial;

ā€¢Combater a concorrĆŖncia desleal;

ā€¢Formalizar e regular a actividade de vender de Banca de mercado;

ā€¢Promover a actividade de comĆ©rcio a grosso em livre serviƧo (Cash and Carry);

ā€¢Com a construĆ§Ć£o de Polos Comerciais / Mercados Abastecedores Mercados Municipais Urbanos, serĆ” possĆ­vel a curto prazo minimizar os efeitos nocivos ao funcionamento da Cadeia Comercial, promover o desenvolvimento e a

modernizaĆ§Ć£o da actividade comercial, assegurar a disciplina no exercĆ­cio da actividade comercial, bem como coordenar melhor toda a actividade de inspecĆ§Ć£o e fiscalizaĆ§Ć£o.

Por outro lado, propicia o intercambio entre as zonas de produĆ§Ć£o e os centros de consumo, garantindo a defesa do consumidor e a concorrĆŖncia leal entre os agentes econĆ³micos.

k) Em relaĆ§Ć£o ao PDS DO POLO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL DO

CUNENE COMO MOTOR DE ATRACƇƃO DE INVESTIMENTO ESTRANGEIRO NA REGIƃO SUL DE ANGOLA deu-se nota de que, a implementaĆ§Ć£o do Polo de Desenvolvimento Industrial do Cunene no municĆ­pio do Cuanhama, Comuna de Ondjiva visa impulsionar a exploraĆ§Ć£o de diversos sectores naquela regiĆ£o, para alĆ©m do sector agropecuĆ”rio que atualmente representa o potencial econĆ“mico da provĆ­ncia. A provĆ­ncia do Cunene Ć© rica em recursos minerais com potencial para a

implementaĆ§Ć£o da indĆŗstria extrativa e transformadora, a sua riqueza em flora, permite

a exploraĆ§Ć£o da indĆŗstria de cosmĆ©ticos e bebidas.

A implementaĆ§Ć£o efetiva do PDIC irĆ” permitir o aumento da capacidade de produĆ§Ć£o

e transformaĆ§Ć£o com a implementaĆ§Ć£o do PLANAGRƃO, PLANAPESCA E PLANAPECUƁRIA e facilitar o escoamento da produĆ§Ć£o nacional, em suma atraindo mais investimentos para a provĆ­ncia do Cunene.

O local escolhido para a implementaĆ§Ć£o do referido polo dispƵe de uma dimensĆ£o de 1000 ha, fornece acesso Ć  rede elĆ©trica, acesso Ć  rede de abastecimento de Ć”gua e acesso ao ramal ferroviĆ”ria, de acordo a nova proposta de caminhos de ferro.

AtĆ© a presente data jĆ” realizou-se a sensibilizaĆ§Ć£o, cadastramento, negociaĆ§Ć£o, assinatura do contrato de cedĆŖncia de terreno do GPC para o IDIIA e o Concurso pĆŗblico para ocupaĆ§Ć£o dos lotes.

Finalmente, em relaĆ§Ć£o ao tema sobre a IMPORTƂNCIA DOS CENTROS LOGƍSTICOS DE DISTRIBUIƇƃO NA MANUTENƇƃO DA QUALIDADE DOS PRODUTOS.

Deu-se nota da importĆ¢ncia dos Centros de LogĆ­stica e DistribuiĆ§Ć£o que consistem na

centralizaĆ§Ć£o de produtos que podem beneficiar do processo logĆ­stico, desde o fornecedor atĆ© ao consumidor final.

Os centros logĆ­sticos tĆŖm a capacidade de agregar valor ao produto, reduzir o custo do transporte, assim como a mĆ£o-de-obra, aumentando a sua competitividade.

PorĆ©m, os Centros logĆ­sticos sĆ³ poderĆ£o desenvolver o seu verdadeiro papel se

estiverem devidamente alinhados aos Polos de Desenvolvimento.

Ɖ imperioso que os esforƧos estejam centrados na ampliaĆ§Ć£o dos Polos de Desenvolvimento para garantir uma articulaĆ§Ć£o eficiente com os centros logĆ­sticos de distribuiĆ§Ć£o.

Existem dois importantes polos de Desenvolvimento que se bem orientados permitirĆ£o

uma maior integraĆ§Ć£o regional. Trata-se dos Polos de Desenvolvimento de Viana( ProvĆ­ncia de Luanda) e o da Catumbela (ProvĆ­ncia de Benguela).

Os centros logĆ­sticos de distribuiĆ§Ć£o tĆŖm implicaƧƵes no crescimento econĆ³mico de

qualquer paĆ­s e impactam positivamente ou negativamente na livre circulaĆ§Ć£o de

pessoas e bens;

Em suma, os participantes deste Conselho, ressaltaram a necessidade de envolvimento do sector privado na criaĆ§Ć£o de polĆ­ticas e estratĆ©gias estruturantes no sector da indĆŗstria e comĆ©rcio, no Ć¢mbito da diversificaĆ§Ć£o da economia com vista a

atingirmos a tĆ£o almejada autossuficiĆŖncia alimentar e promoĆ§Ć£o das exportaƧƵes de

produtos feitos em Angola e a consequente reduĆ§Ć£o de importaƧƵes.

As discussƵes abordadas neste fĆ³rum definirĆ£o as diretrizes para alcanƧarmos os objectivos preconizados, nĆ£o apenas no quesito da autossuficiĆŖncia alimentar, mas sobretudo na simplificaĆ§Ć£o, desburocratizaĆ§Ć£o dos procedimentos relacionados com

as atividades econĆ³micas do nosso sector. Os participantes enalteceram as reformas em curso, e recomendaram a sua continuidade.

Sendo transversais as resoluƧƵes apresentadas, torna-se imperioso trabalhar-se cada vez mais de modo articulado com os demais sectores para que sejam atingidos os objectivos e desafios preconizados.

A sessĆ£o de encerramento do III.Āŗ Conselho Consultivo do MinistĆ©rio do ComĆ©rcio foi

presidida por Sua ExcelĆŖncia Ministro.

Lubango, aos 28 de Abril de 2023.

Os Participantes

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